Brasil

Comissão da Câmara deve votar convite para ouvir Elon Musk

Caso aprovado o requerimento, um convite ao magnata será enviado para ele participar, por videoconferência, de uma audiência pública ainda sem data definida

Elon Musk, dono da Tesla e SpaceX (Nathan Laine/Getty Images)

Elon Musk, dono da Tesla e SpaceX (Nathan Laine/Getty Images)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 21 de maio de 2024 às 08h11.

Última atualização em 21 de maio de 2024 às 08h12.

Será votado pela Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira, 21, o requerimento que prevê o convite ao empresário Elon Musk para uma audiência pública virtual. Anexado como pauta da sessão pela presidente da CCJ, Caroline Toni (PL), o requerimento tem como autor o deputado José Medeiros (PL).

Sob justificativa de debater a censura e o banimento de deputados das redes sociais, Medeiros argumenta que os "parlamentares contam com imunidade em suas opiniões, votos e falas, sem qualquer procedimento prévio instaurado nos ditames de um Estado Constitucional Democrático de Direito", e, segundo ele, essa não foi a situação no caso do "Twitter Files".

Desde o começo de abril, o dono do X (antigo Twitter) vem fazendo críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Em publicações em seu perfil na rede social ele chegou a chamar o ministro de "ditador" e dizer que o parlamentar tinha o presidente "Lula na coleira".

A acusações começaram a partir "Twitter Files Brasil", um caso em que o jornalista norte-americano Michael Shellenberger divulgou em seu próprio perfil do X uma série de e-mails de funcionários da rede social reclamando de exclusão de conteúdos em investigações envolvendo a disseminação de notícias falsas. Essas exclusões foram feitas a partir da Justiça. Shellenberger acusou Moraes de censura, de exigir informações que violavam a política da plataforma e de tentar subverter a moderação de conteúdo contra apoiadores do ex-presidente, Jair Bolsonaro.

A partir do ocorrido, parlamentares bolsonaristas e eleitores do ex-presidente impulsionaram as publicações de Musk, o que fez a pauta chegar ao Parlamento. Com os ataques, Moraes adicionou o empresário ao inquérito das milícias digitais por obstrução da justiça.

Caso aprovado o requerimento de Medeiros, um convite a Musk será enviado para ele participar, por videoconferência, de uma audiência pública ainda sem data definida.

Acompanhe tudo sobre:Elon Musk

Mais de Brasil

Cavaliere, vice eleito do Rio: segurança pública exige coordenação entre União, estado e município

Mais de 600 mil imóveis estão sem luz em SP após chuva intensa

Ao lado de Galípolo, Lula diz que não haverá interferência do governo no Banco Central

Prefeito de BH, Fuad Noman vai para a UTI após apresentar sangramento intestinal secundário