Brasil

Com música gospel e Messias no STF, Lula reforça aceno aos evangélicos

Em tom de brincadeira, Lula disse ainda que Messias, além de ser ministro do Supremo, vai "poder cantar música gospel no Palácio do Planalto"

Lula e Messias: o petista mantém alta de reprovação entre os evangélicos (Ricardo Stuckert / PR/Flickr)

Lula e Messias: o petista mantém alta de reprovação entre os evangélicos (Ricardo Stuckert / PR/Flickr)

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 21 de dezembro de 2025 às 08h01.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reforçou nesta semana o aceno aos evangélicos em ano pré-eleitoral. Na última reunião ministerial do ano, o petista afirmou que transformará a música gospel em patrimônio cultural brasileiro e reforçou que o seu indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF), Jorge Messias, é representante do grupo religioso. 

"A última novidade da semana que vem é que nós vamos transformar a música gospel em patrimônio brasileiro", afirmou Lula durante o encontro com ministros.

Em tom de brincadeira, Lula disse ainda que Messias, além de ser ministro do Supremo, vai "poder cantar música gospel no Palácio do Planalto".

Frequentador da Igreja Batista Cristã, Messias é uma das principais figuras do governo de interlocução com setores evangélicos. O advogado-geral da União participou Marcha para Jesus como representante da gestão petista. 

O nome de Messias ainda enfrenta resistência para ser aprovado no Senado. A sua sabatina, que inicialmente aconteceria no início do mês, foi adiada para 2026, sem data. O advogado-geral trabalha para alcançar os votos necessários. 

Público evangélico avalia mal Lula

Na maioria das pesquisas de opinião, o grupo com o qual Lula manteve alta reprovação, apesar da melhora dos últimos meses, foi o evangélico, um obstáculo para ampliação da popularidade do presidente.

Hoje, o Brasil tem 47,4 milhões de evangélicos, segundo dados do Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em relação ao levantamento de 2010, houve um aumento de 12,4 milhões de fiéis, crescimento de 5,2 pontos percentuais.

Apesar da alta, essa é a menor taxa de evolução desde 2000. Nas duas edições anteriores do Censo essa taxa foi maior do que 6 pontos percentuais.

Na pesquisa do instituto AtlasIntel, divulgada na quinta-feira, 18, o percentual de protestantes que reprovam o governo é de 72,1%, enquanto apenas 27,7% aprovam.

A avaliação geral mostra empate técnico da avaliação positiva e negativa, com 50,7% de reprovação e aprovação de 48,8%.

Acompanhe tudo sobre:Luiz Inácio Lula da SilvaEvangélicosMúsica

Mais de Brasil

Caso Enel em SP pode repetir roteiro de Goiás; entenda

Quaest: brasileiros têm receio que discussões políticas atrapalhem o Natal

Justiça mantém indenização de R$ 400 mil a Dilma por perseguição na ditadura

Polícia investiga falsos garis que pediam 'caixinha' de Natal