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ÀS SETE - A Câmara aprovou na madrugada desta terça-feira, por 340 votos a 72, a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro

Intervenção no RJ (Pilar Olivares/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2018 às 06h52.

Última atualização em 20 de fevereiro de 2018 às 07h16.

Câmara aprova intervenção

A Câmara dos Deputados aprovou na madrugada desta terça-feira, por 340 votos a 72, a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro. A sessão se arrastou por sete horas e terminou às 2h15. Os deputados votaram favoravelmente a um relatório da deputada Laura Carneiro (MDB-RJ), que defendia a medida decretada pelo presidente Michel Temer (MDB) na última sexta-feira. Com a decisão da Câmara, o decreto, que está em vigor desde a sua publicação, na sexta, segue para votação no Senado, o que pode acontecer ainda nesta terça-feira.

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A nova pauta do governo

Com a reforma da Previdência adiada indefinidamente, ministros e líderes do governo no Congresso anunciaram na noite desta segunda-feira a nova pauta prioritária do governo. Com a decisão pela intervenção federal no Rio de Janeiro, que impossibilita a votação de qualquer proposta de emenda à Constituição, como é o caso da reforma da Previdência, o governo elencou 15 pontos considerados importantes para o país do ponto de vista fiscal e econômico. A lista é formada basicamente por projetos já anunciados, e agora requentados. Dentre os pontos colocados estão a simplificação tributária (reforma do PIS/Cofins); o marco legal de licitações e contratos; o programa de recuperação e melhoria empresarial das estatais; a desestatização da Eletrobras e a nova lei de finanças públicas.

Mais cortes?

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, admitiu nesta segunda-feira que o governo pode reforçar o orçamento das Forças Armadas devido à intervenção federal no estado do Rio de Janeiro. Além de remanejar recursos de Exército, Marinha e Aeronáutica, Meirelles afirmou que dinheiro de outras áreas do governo federal pode ser usado com esse princípio, pois o Orçamento federal de 2018 já está no limite do teto de gastos. “A princípio, estamos avaliando com o Exército a disponibilidade que já está no orçamento para as Forças Armadas, para ver se existe a necessidade de algum custo adicional. Os homens já estavam antes à disposição do Rio, e vamos trabalhar para vermos se há custos além do que está previsto”, disse. “Portanto, qualquer despesa adicional tem de ser remanejada de outra área. Por isso, vamos olhar com muito rigor o orçamento que já existe para as Forças Armadas.”

Luislinda, enfim, fora

A ministra dos Direitos Humanos, Luislinda Valois, entregou nesta segunda-feira sua carta de demissão ao presidente Michel Temer (MDB). A pasta será assumida pelo subchefe de Assuntos Jurídicos (SAJ) da Casa Civil, Gustavo do Vale Rocha, que, segundo fontes no Planalto, vai acumular as duas funções. A exoneração e a nomeação serão publicadas nesta terça (20) no Diário Oficial da União. A ex-ministra ficou conhecida pelo episódio polêmico em que pediu para acumular seu salário de desembargadora aposentada com a remuneração da pasta alegando “trabalho análogo à escravidão”.

A equipe Alckmin

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou nesta segunda-feira que o economista Pérsio Arida será, de fato, o chefe de seu programa econômico de campanha à Presidência da República. Arida fez parte da equipe que implementou o Plano Real, além de ser ex-presidente do Banco Central e do BNDES. Alckmin afirma que Arida terá como objetivo criar um programa de abertura da economia, competitividade e reformas para “tirar as amarras do desenvolvimento”.

Crescimento, enfim

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do PIB brasileiro, subiu 1,33% no ano passado, na série dessazonalizada, segundo divulgou o BC nesta segunda-feira. Na série sem ajustes sazonais, acumulou alta de 1,04% em 2017. Somente em dezembro o índice teve alta de 1,41% ante novembro, também na série com ajustes sazonais, fazendo com que a expansão da atividade econômica do Brasil ficasse acima do esperado no mês por analistas. Com isso, o IBC-Br fechou o quarto trimestre do ano com crescimento de 1,26% em relação ao terceiro trimestre. Os dados oficiais do PIB de 2017 serão divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no dia 1º de março. Economistas ouvidos pela mais recente pesquisa Focus, do BC, calculam alta de 1,03% no PIB em 2017, após o forte tombo de 3,6% em 2016 e de 3,8% em 2015, segundo dados do IBGE.

Lemann quer pizza?

O fundo 3G Capital, do bilionário Jorge Paulo Lemann, estaria preparando uma oferta pela rede de pizzaria Domino’s. A oferta, segundo o portal Brazil Journal, estaria adiantada e poderia complementar o portfólio da companhia, que, por meio da subsidiária Restaurant Brands International (RBI), detém também o controle de empresas como as redes de fast-food Burger King, de cafés Tim Hortons e de frango frito Popeyes. A RBI também teria considerado a aquisição do grupo Yum Brands, dono das marcas KFC, Pizza Hut e Taco Bell. Segundo a reportagem, a Domino’s tem vantagens importantes sobre as concorrentes, já que lidera o crescimento de vendas no setor, com alta 8% entre 2010 e 2017. A empresa também incorporou tecnologia ao seu negócio, o que faz com que mais de 60% de seus pedidos sejam feitos por canais online, entregando mais de 1 milhão de pizzas todos os dias a partir de suas 14.400 lojas no mundo. Em 2016, as receitas foram de 10,9 bilhões de dólares — 5,5 bilhões de dólares fora dos Estados Unidos. Por meio de sua assessoria de imprensa, a Domino’s afirmou que a informação não procede.

Via Varejo supera expectativas

O grupo Via Varejo divulgou seu relatório do último trimestre do ano passado, apresentando lucro de 129 milhões de dólares, acima dos 121 milhões esperados, conforme EXAME divulgou nesta manhã. A companhia, dona das redes de varejo de eletroeletrônicos Pontofrio e Casas Bahia, acumulou em 2017 lucro de 195 milhões de reais, revertendo prejuízo de 95 milhões do ano anterior, segundo dados auditados. O faturamento da Via Varejo nos três meses finais de 2017 atingiu 7,4 bilhões de reais, um crescimento de 11,7% em comparação com os mesmos meses de 2016. No exercício de 2017, ficou em 25,6 bilhões, uma alta de 29,6% sobre o ano anterior. No Ibovespa, as ações da companhia caíram 1,19%.

Partido britânico quer barrar Brexit

O partido britânico Renew anunciou que vai lançar uma campanha para barrar o Brexit, processo de saída do Reino Unido da União Europeia. O partido, que se inspirou no Em Marche!, do presidente francês, Emmanuel Macron, afirma que a decisão é uma medida para conter a falta de diálogo dos demais partidos com a população. Segundo o porta-voz do Renew, o partido pressionará o governo para realizar uma nova votação e colocar como uma das opções a permanência no bloco europeu. Na votação de 2016, 51,9% dos eleitores votaram pela saída do bloco, e desde então a oposição que apoia a permanência tem utilizado o argumento de que 48,1% votaram contra para barrar o divórcio, marcado para março de 2019.

Trump apoia lei para endurecer compra de armas

A Casa Branca afirmou, nesta segunda-feira, que o presidente Donald Trump apoia maior investigação federal para permitir compra de armas nos Estados Unidos. Segundo a porta-voz do governo, Sarah Sanders, o presidente americano teria conversado com senadores para melhorar a lei federal que diz respeito à investigação de antecedentes criminais para a compra de armas. Em novembro do ano passado, os senadores John Cornyn (do Partido Republicano) e Chris Murphy (Democratas) criaram uma lei — intitulada “Fix NICS Act” — para reforçar a checagem do histórico criminal dos que desejarem comprar armas no país. A medida passou a ser discutida pelo governo americano após o ataque a uma escola na Flórida que deixou 17 pessoas mortas. O autor do ataque, um ex-aluno de 19 anos, comprou armas legalmente.

Rússia nega envolvimento em eleições dos EUA

O governo russo afirmou, nesta segunda-feira, que a acusação contra empresas e pessoas russas de interferência nas eleições americanas não provam o envolvimento do governo. Na sexta-feira passada, um relatório publicado pelo governo americano acusou 13 russos e diversas empresas do país de terem influenciado as eleições para presidente dos Estados Unidos em 2016, além de terem mantido relações com o conselheiro especial do presidente Donald Trump, Robert Mueller. A Rússia sofre sanções econômicas e diplomáticas desde que o governo americano passou a investigar essa relação. Mas, para o porta-voz russo, Dmitry Peskov, o relatório deixa claro que a investigação está centrada somente em indivíduos, e não no governo e nas agências do país.

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