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Bolsonaro prega contra voto útil e pede que eleitores evitem nulos e brancos

Presidente voltou a dizer que quer eleições "limpas e transparentes" e afirmou que, caso reeleito, vai "garantir em definitivo" a liberdade de expressão

Bolsonaro: presidenciável prega contra voto útil e pede que eleitores evitem nulos e brancos (Leandro Fonseca/Exame)

Bolsonaro: presidenciável prega contra voto útil e pede que eleitores evitem nulos e brancos (Leandro Fonseca/Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de setembro de 2022 às 07h26.

Última atualização em 28 de setembro de 2022 às 07h27.

A cinco dias da eleição, o presidente Jair Bolsonaro (PL) pregou contra o voto útil, estratégia adotada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para tentar vencer a disputa no primeiro turno. Numa tentativa de mobilizar sua militância, o candidato à reeleição também pediu, durante transmissão ao vivo nas redes sociais nesta terça-feira, 27, que os eleitores compareçam no dia da votação e evitem anular ou votar em branco.

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"É um direito votar em qualquer candidato e ponto final. Nem vou falar em voto útil aqui. Eu acho que o primeiro turno existe para, exatamente, você votar naquela pessoa que você acha que deve votar. E, no segundo turno, você tem que ter uma opção, e sempre tem o melhor ou o menos ruim", declarou Bolsonaro. "E eu peço a você: não anule seu voto, não se abstenha, não vote em branco, vote em alguém", emendou.

A estratégia da campanha de Lula é buscar o voto útil no primeiro turno para tentar derrotar Bolsonaro. O PT quer, mesmo que isso não seja dito em público, desidratar as candidaturas de Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB). "A partir de agora, sempre que puder usar verde e amarelo, use. E, no dia das eleições, voto com verde e amarelo. Convença aquelas pessoas, converse, que têm ideias diferentes, e, quem sabe, eles possam entender", pediu Bolsonaro.

Na live, o presidente voltou a dizer que quer eleições "limpas e transparentes" e afirmou que, numa eventual reeleição, vai "garantir em definitivo" a liberdade de expressão. O chefe do Executivo costuma criticar decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) contra fake news e ataques à democracia feitos por seus apoiadores. "Numa reeleição, vamos conversar mais com poderes para chegar a uma solução", declarou o presidente. "Certos problemas vêm acontecendo, tem subido a temperatura de um lado", emendou, em nova crítica velada ao Judiciário.

O candidato à reeleição também voltou a dizer que não acredita nas pesquisas de intenção de voto, que mostram Lula como favorito para vencer a disputa pelo Palácio do Planalto, e disse que o petista deveria ter sofrido desgaste por ter faltado no último sábado, 24, ao debate promovido por SBT, Estadão e outros veículos de mídia.

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