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Bolsonaro desafia Maia e Alcolumbre a testarem popularidade

Declaração feita à CNN Brasil foi uma resposta a críticas sobre a participação do presidente em protesto realizado em Brasília em prol do governo

Jair Bolsonaro: "presidente afirmou que está disposto a receber Maia e Alcolumbre ou visitá-los para alinhar uma "pauta de interesse da população" (Marcos Corrêa/PR/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de março de 2020 às 06h42.

Última atualização em 16 de março de 2020 às 06h46.

São Paulo — O presidente Jair Bolsonaro desafiou neste domingo, 15, os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM), a irem "às ruas" para ver como eles serão recebidos.

A declaração de Bolsonaro, feita à CNN Brasil, foi uma r esposta a críticas sobre a participação do presidente em protesto realizado hoje em Brasília em prol do governo e contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal. "Gostaria que Maia e Alcolumbre saíssem às ruas como eu. Saiam às ruas e vejam como vão ser recebidos", disse.

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"Estão fazendo críticas. Estou tranquilo. Espero que não queriam fazer algo belicoso", disse Bolsonaro. O presidente afirmou que está disposto a receber Maia e Alcolumbre ou visitá-los para alinhar uma "pauta de interesse da população".

Segundo o presidente, se houver "aproximação" com o povo, todos no meio político serão "muito bem tratados, reconhecidos e até idolatrados". "Não quero eu aparecer e eles não. Estou disposto a recebê-los. Vamos conversar", disse.

Bolsonaro disse que políticos têm de ser "quase escravos da vontade popular". Ele criticou acordos políticos, como para divisão de recursos do Orçamento impositivo. "O acordo não tem de ser entre nós. Tem de ser entre nós e o povo", disse.

Economia

O presidente considerou como "neurose" e "histeria" as medidas diante do avanço do novo coronavírus no Brasil. Para ele, o vírus é grave, mas a economia não pode ser prejudicada. Ele fez os comentários para rebater críticas à sua participação no protesto de hoje, contrariando as orientações técnicas para conter a doença.

Bolsonaro disse não estar preocupado em manter contato com as pessoas, porque é do povo e toma as devidas precauções.

Ele mencionou ainda decisão da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) de proibir jogos de futebol dos torneios nacionais. "Quando se proíbe jogo de futebol, está partindo para o histerismo", afirmou. "A questão do vírus é grave, mas a economia tem de funcionar e não podemos prejudicar economia". O presidente lembrou que o desemprego ainda é alto no Brasil e disse que a onda crescer pode levar pessoas a se alimentarem mal e até a óbito.

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