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"Bolsa Empresário" deve custar R$ 224 bi em 2017, diz jornal

Dinheiro equivaleria aos gastos realizados pela ex-presidente Dilma Rousseff corrigidos pela inflação, segundo a Folha de S.Paulo


	Michel Temer: cifra destinada ao "Bolsa Empresário" é maior do que valor do Bolsa Família
 (Christopher Goodney/Bloomberg/Bloomberg)

Michel Temer: cifra destinada ao "Bolsa Empresário" é maior do que valor do Bolsa Família (Christopher Goodney/Bloomberg/Bloomberg)

Anderson Figo

Anderson Figo

Publicado em 16 de outubro de 2016 às 12h33.

São Paulo - A chamada "Bolsa Empresário", série de subsídios e desonerações tributárias concedidas pelo governo às indústrias, deve custar 224 bilhões de reais em 2017. A informação foi publicada neste domingo (16) pelo jornal Folha de S.Paulo.

De acordo com o jornal, que analisou a proposta de Orçamento para 2017 enviada pelo governo ao Congresso, a "Bolsa Empresário" foi poupada das medidas do presidente Michel Temer e de sua equipe para ajustar as contas do país.

Os 224 bilhões de reais dos programas de subsídio e desonerações ao setor produtivo equivaleriam, diz a Folha, aos gastos realizados pela ex-presidente Dilma Rousseff corrigidos pela inflação.

A cifra também é bem maior que o valor que será destinado em 2017 ao Bolsa Família, de 29,7 bilhões de reais, e aos investimentos em educação e saúde, de 33,7 bilhões de reais e 94,9 bilhões de reais, nesta ordem.

PEC do teto

Os valores destinados a esses programas poderão ter de ser reduzidos caso seja aprovada a proposta de emenda à Constituição 241, conhecida como PEC do teto, que limita os gastos públicos à inflação do ano anterior por 20 anos. Veja seis respostas sobre a proposta.

A postura mais cautelosa do governo Temer em relação aos subsídios à indústria, segundo o secretário de acompanhamento econômico da Fazenda, Mansueto Almeida, visa evitar romper contratos e, com isso, piorar a recessão no país.

É preciso lembrar ainda que o setor produtivo tem apoiado fortemente o governo do presidente Michel Temer e a proposta de ajuste fiscal. Mas a retirada dos benefícios está na agenda do governo, já que eles pesam no Orçamento e envolvem contratos de longo prazo. 

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