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Assassinatos no Rio de Janeiro crescem 13% no 1º semestre

Registros de homicídios neste ano são superiores aos dos primeiros semestres de 2012 (29,6% maior), de 2011 (20,8%) e de 2010 (6,3%)

Chão sujo de sangue após crime: assassinatos no Rio de Janeiro atingiram a marca de 2,7 mil (Spencer Platt/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 31 de julho de 2014 às 14h36.

Rio de Janeiro - Mais de 2,7 mil pessoas foram assassinadas no Rio de Janeiro no primeiro semestre deste ano, segundo dados divulgados pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), órgão de estatística da Secretaria de Segurança do estado. O número de homicídios nos seis primeiros meses deste ano (2.721) é 13,1% maior do que o observado em 2013 (2.406).

De acordo com os dados do ISP, o primeiro semestre de 2014 foi o mais violento, em termos de número absoluto de assassinatos, desde 2009. Os registros de homicídios neste ano são superiores aos dos primeiros semestres de 2012 (29,6% maior), de 2011 (20,8%) e de 2010 (6,3%).

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Na comparação com 2013, houve crescimento também nos números de latrocínios, ou seja, os roubos seguidos de morte (33,9%) e autos de resistência, que são as mortes cometidas por policiais supostamente em legítima defesa (42,5%). Apenas o número de lesões corporais seguidas de morte caíram, de 21 casos para 18.

O indicador obtido com a soma de todos esses crimes é chamado de letalidade violenta. Foram 3.107 registros no primeiro semestre deste ano, ou seja, 15,5% a mais do que os 2.689 casos registrados no primeiro semestre do ano passado.

Outros crimes violentos que aumentaram na comparação do primeiro semestre deste ano com o mesmo período de 2013 foram tentativa de homicídio (28,1%) e roubo de rua (40,5%). As tentativas de assassinato no estado chegaram a 3.107 casos neste ano ante 2.689 no ano passado. Já os roubos de rua, que incluem roubos a transeunte, de celular e em coletivos, foram 47.964 em 2014 ante 34.137 no ano passado.

Para o coronel reformado da Polícia Militar (PM) Jorge da Silva, pesquisador da Universidade Federal Fluminense (UFF), o resultado da pesquisa indica que houve mais ênfase na política das unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) em detrimento dos policiamentos de ruas. “As UPPs são um instrumento importante mas tomaram esse programa como se fosse 'a' política de segurança do estado. Houve um esvaziamento grande do policiamento de rua em proveito de colocar pessoas nas UPPs. Hoje há um grande efetivo nessas comunidades, mas e os outros lugares?”, disse Silva.

A assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Segurança foi questionada sobre os motivos do aumento dos crimes e sobre as ações para reduzir as ocorrências, mas não se pronunciou sobre o assunto até o momento da publicação da reportagem.

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