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Após mal-estar, Bolsonaro diz que deve adiar cirurgia marcada para janeiro

O presidente eleito afirmou nesse sábado que a causa do mal-estar sentido na véspera foi uma confusão nos medicamentos

Bolsonaro: ele afirmou que deve voltar a São Paulo na próxima semana para fazer novos exames (Adriano Machado/Reuters)
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Reuters

Publicado em 8 de dezembro de 2018 às 15h42.

Rio de Janeiro - O presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou nesse sábado que a causa do mal-estar sentido na véspera foi uma confusão nos medicamentos que está tomando e declarou que talvez adie a cirurgia programada inicialmente para janeiro de 2019.

"Me confundi com uma série de medicamentos...e aí dormi, mas estou bem. Tomei uma dose além do normal, foi como tomar um sonífero", disse a jornalistas após participar de mais um evento militar no Rio.

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"Talvez adie a cirurgia, mas estou bem; vamos esperar. O Brasil precisa de todos para tirar o país dessa situação", acrescentou.

Ele afirmou que deve voltar a São Paulo na próxima semana para fazer novos exames e disse que, por ele, se estiver bem, opera "logo, agora".

"Se o doutor Macedo achar na quinta-feira que estou em condições, posso baixar logo. Eu gostaria de não ficar uma semana baixado depois, em janeiro", disse ao citar ainda a possível ida ao Fórum Econômico Mundial, em Davos, como um dos motivos também para mudar data da cirurgia.

Coaf

Sobre a movimentação de 1,2 milhão de reais do assessor do filho Flávio Bolsonaro, detectada pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), o presidente eleito disse que conhece Fabrício Queiroz desde 1984 e tem uma amizade próxima.

"Eu já o socorri financeiramente em outras oportunidades. Nessa última agora houve um acúmulo de dívida e ele resolveu me pagar... em 10 cheques de 4 mil reais. Eu não botei na minha conta por que tenho dificuldade para ir em banco e deixei para minha esposa."

"Lamento o constrangimento que ele está passando, mas ninguém dá dinheiro sujo com cheque nominal. Espero que ele se explique...foi normal e natural", adicionou o presidente eleito

Bolsonaro destacou que movimentação atípica não é sinônimo de crime e que seu filho Flávio Bolsonaro não foi alvo da operação que teve como origem um pente fino da Coaf.

Ele disse que ainda não conversou com Queiroz e muito pouco com seu filho, que está abatido com a situação.

"Se errei (em não ter declarado o dinheiro recebido de Queiroz), eu arco minha responsabilidade junto ao fisco", disse ele.

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