Apps de transporte prometem parar contra prefeitura de São Paulo
ÀS SETE - Motoristas são contra as novas regras impostas pela Prefeitura, que aumentam a regulamentação dos aplicativos
Da Redação
Publicado em 17 de janeiro de 2018 às 06h34.
Última atualização em 17 de janeiro de 2018 às 07h22.
Os motoristas de aplicativos como Uber, Cabify e 99 adaptaram-se rapidamente ao modus operandi de reivindicação das associações de classe.
Nesta quarta-feira, está prevista uma paralisação no maior mercado do Brasil, São Paulo, contra as novas regras impostas pela Prefeitura, que aumentam a regulamentação.
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Os motoristas alegam que terão de desembolsar muito para adaptarem-se às regras e as empresas dizem que a burocracia ameaça o preço das tarifas. Além de cruzarem os braços, um protesto está marcado para a frente da Prefeitura de São Paulo, no centro.
Duas novidades são especialmente criticadas. A primeira muda a idade máxima de veículos autorizados a rodar.
Chegou-se a um acordo para que fosse fixado em sete anos, mas motoristas querem uma nova flexibilização para 10 anos, semelhante aos táxis.
Outro quesito é a autorização de circulação de placas de fora de São Paulo. Com a mudança, um motorista de Guarulhos poderia trazer um passageiro à capital, mas teria de voltar vazio.
A Resolução 16 do Comitê Municipal de Uso do Viário, que estipula a nova norma na capital paulista, começou a valer na última quarta-feira 10.
Ainda na lista de novidades estão a necessidade da participação em um curso de formação, do Cadastro Municipal de Condutores, do Certificado de Segurança do Veículo de Aplicativo, a contratação de seguro que cubra acidentes no valor de 50.000 reais por passageiro.
Como está a legislação, cerca de 30% da frota atual seria impactada, segundo a Associação de Motoristas de Aplicativo e afins.
A Prefeitura justifica as medidas com base na maior segurança dos passageiros e aumento da receita obtida com impostos ao município.
O caso (e suas reações) devem servir de benchmarking para outras capitais. Porto Alegre, por exemplo, estuda aplicar regras semelhantes.
O Rio de Janeiro também prepara um pacote de mudanças, mas não divulgou o teor do texto. O mesmo deve acontecer em muitas outras, pois não há um município no Brasil que não queira um reforço de caixa.