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Alckmin diz que água não acaba em novembro

Segundo o tucano, houve "deturpação" da fala da dirigente da Sabesp durante CPI


	Alckmin: ele negou também que a Sabesp já esteja retirando água desse segundo morto
 (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Alckmin: ele negou também que a Sabesp já esteja retirando água desse segundo morto (Antonio Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 16 de outubro de 2014 às 14h08.

São Paulo - O governador Geraldo Alckmin (PSDB) negou nesta quinta-feira, 16, que o abastecimento de água para a Região Metropolitana de São Paulo acabará em novembro, conforme disse a presidente da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Dilma Pena, na quarta-feira, 15. Segundo o tucano, houve "deturpação" da fala da dirigente na CPI da Sabesp, na Câmara de Vereadores.

"Foi deturpada uma afirmação da presidente da Sabesp, doutora Dilma, desinformando a população", declarou Alckmin no Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi, na zona sul da capital paulista.

Ele afirmou ainda que além da primeira reserva de volume morto do Sistema Cantareira, que já está em uso e que tem 40 milhões de metros cúbicos de água, existe outra, com 108 milhões de metros cúbicos de água. É essa parte do volume morto que garantirá água para a população caso a primeira acabe, de acordo com o tucano.

Nesta quarta-feira, 15, em depoimento a vereadores durante uma reunião da CPI da Sabesp, a presidente da companhia, Dilma Pena, admitiu que existe "disponibilidade para atender a população, neste regime de chuvas, até meados de novembro".

Alckmin negou também que a Sabesp já esteja retirando água desse segundo morto, como apontou a Agência Nacional de Águas (ANA). Alckmin disse que a ANA autorizou o uso dessa reserva. Confrontado com a informação de que a Sabesp já está retirando água do segundo volume morto, o governador disse que "não é verdade".

"Se temos ainda 40 bilhões de litros de água da primeira reserva técnica, por que entrar na segunda? Não tem sentido." O governo do Estado entrou na Justiça para garantir a utilização desse volume.

Perguntado sobre até quando, então, vai durar o abastecimento de água, Alckmin respondeu que "não tem data". Sobre a fala de Dilma Pena, Alckmin disse que "ela não mentiu", mas que existe "uma desinformação".

"Isso é mentir para a população. As manchetes não foram isso (o fato de que o primeiro volume morto terminará em novembro). Infelizmente, há uma coisa para desinformar a população."

O governador tucano falou ainda que a falta de água enfrentada por muitas pessoas na Grande São Paulo nos últimos dias se deveu a problemas técnicos, no fim de semana, em Osasco e Americanópolis.

Alckmin não esclareceu, porém, os motivos por trás de casos bem mais antigos de desabastecimento. Ele afirmou que os problemas são "pontuais", sem racionamento.

Desconto

A gestão de Alckmin pretende dar descontos também para consumidores da Sabesp que economizarem menos do que os 20% estipulados no primeiro semestre e que já está em vigência.

Quem economizar 5%, por exemplo, terá desconto de 5% na conta de água -- ou seja, o desconto passará a ser proporcional à economia, mas só até o teto de 20%. A Sabesp ainda submeterá essa proposta ao seu conselho. Não há data para o início desse desconto.

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