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Ajuste fiscal não será 'serra elétrica' em gastos, diz Padilha

O ministro ressaltou que o ajuste fiscal é necessário para “podar a árvore” e garantir um crescimento econômico sustentável

Brasília (DF), 14/10/2024 - O ministro de Relaçoes Institucionais, Alexandre Padilha, durante entrevista após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e líderes do Congresso. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Brasília (DF), 14/10/2024 - O ministro de Relaçoes Institucionais, Alexandre Padilha, durante entrevista após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e líderes do Congresso. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 15 de novembro de 2024 às 20h29.

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nesta sexta-feira, 15, que o ajuste fiscal a ser anunciado pelo governo Lula nos próximos dias não será uma “serra elétrica” nos gastos.

“Será uma proposta de usar um podador elétrico, um aparador, mas não uma serra elétrica, uma corrente para derrubar essa árvore inteira como muitas vezes já se fez”, declarou Padilha.

O petista ressaltou que o ajuste fiscal é necessário para “podar a árvore” e garantir um crescimento econômico sustentável, mas enfatizou que não se deve “cortar tudo” de forma a comprometer o crescimento e ampliar a desigualdade.

“Tenho certeza que a proposta será como uma árvore que está crescendo, que precisa que alguém venha e faça podas para ter raízes melhores, frutos melhores e mais sustentabilidade”, disse.

O ministro destacou que o Brasil já possui um marco fiscal, está crescendo mais de 3% ao ano, registra a menor taxa de desemprego desde 2012 e mantém a inflação controlada. Apesar de não estar diretamente envolvido nas medidas de ajuste, Padilha confirmou que terá um papel importante na comunicação do pacote junto aos líderes do Congresso.

O governo Lula está discutindo um pacote de medidas para atingir as metas fiscais e implementar o novo arcabouço fiscal. Nas últimas semanas, a equipe econômica, liderada pelo ministro Fernando Haddad e pela ministra Simone Tebet, tem se reunido com o presidente e outros ministros para definir estratégias de controle de despesas.

A expectativa, conforme mostrou a EXAME, é que o pacote seja anunciado após a cúpula do G20. O governo deve enviar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) com mudanças para melhorar o quadro fiscal do país.

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