Brasil

Curtas - uma seleção do mais importante no Brasil e no mundo

Governo do Irã disse que a proposta de diálogo com os Estados Unidos era uma “humilhação” depois que o presidente Donald Trump reativou sanções contra Teerã

IRÃ: governo nega disposição para dialogar com Estados Unidos (Lisi Niesner/Reuters)

IRÃ: governo nega disposição para dialogar com Estados Unidos (Lisi Niesner/Reuters)

EH

EXAME Hoje

Publicado em 1 de agosto de 2018 às 07h03.

Última atualização em 1 de agosto de 2018 às 07h31.

Dodge X Dirceu

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, recorreu contra a decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que concedeu liberdade plena ao ex-ministro José Dirceu (PT), após sua condenação na Operação Lava Jato ter sido confirmada na segunda instância da Justiça. Para Dodge, a decisão do STF contém uma série de vícios de procedimento e gera “descrença no devido processo legal, além de se gerar a sensação de que, a qualquer momento, a sociedade pode ser surpreendida com decisões tomadas completamente fora do compasso procedimental previsto na ordem jurídica”. Em 26 de junho, a Segunda Turma decidiu, por 3 votos a 1, suspender a execução da pena de trinta anos imposta pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) contra Dirceu no processo da Lava Jato. O entendimento prevalecente foi o de que os recursos do ex-ministro a instâncias superiores têm “plausibilidade jurídica”, motivo pelo qual ele deveria ter assegurado o direito de recorrer em liberdade. Dodge argumenta ainda que tais recursos a instâncias superiores nem sequer estavam presentes nos autos encaminhados ao STF – ou seja, que não faria sentido o Supremo decidir com base em um pedido que não foi enviado a ele –, o que, segundo a procuradora, “causa perplexidade e reforça a irregularidade do procedimento”.

Às Sete – um guia rápido para começar seu dia

Leia também estas outras notícias da seção Às Sete e comece o dia bem informado:

Bolsonaro e Lula na ponta

No cenário em que o ex-presidente Luiz Inácio da Silva (PT) está ausente da corrida eleitoral deste ano, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) é quem lidera a preferência do eleitorado pela Presidência da República, segundo pesquisa divulgada nesta terça pelo Instituto Paraná Pesquisas. De acordo com o levantamento, Bolsonaro iria para o segundo turno com 23,6% das intenções de voto dos brasileiros. A pesquisa ouviu 2.240 eleitores de todo o país entre os dias 25 e 30 de julho. Em segundo lugar aparece a candidata da Rede, Marina Silva, com 14,4%, seguida por Ciro Gomes (PDT), com 10,7% – como a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, os candidatos estão empatados tecnicamente. Geraldo Alckmin (PSDB), Alvaro Dias (Podemos) e Fernando Haddad (PT) pontuam 7,8%, 5% e 2,8%, respectivamente. O único nome capaz de desbancar Bolsonaro do páreo é Lula. Se concorrer ao cargo, o petista despontaria com 29% das intenções de voto. Neste cenário, o deputado federal aparece em segundo, com 21,8%, seguido por Marina Silva, com 9,2%.

Marina ganha vice?

O médico e candidato à presidência em 2014, Eduardo Jorge, aceitou ser o vice de Marina Silva. Segundo o jornal O Globo, a vaga vai aumentar as relações entre o PV (partido de Jorge) e a Rede, partido da candidata. As diretrizes da campanha serão decididas neste sábado, quando ocorre a convenção da Rede. Em entrevista à GloboNews exibida na noite desta terça-feira, Marina confirmou o convite a Jorge, e disse que aguarda a definição do PV.

65 milhões fora do mercado

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 12,4% no segundo trimestre, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta terça-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado representa queda em relação ao mesmo período do ano passado, quando a taxa de desemprego ficou em 13%, e em relação ao primeiro trimestre deste ano, que fechou em 13,1%. Apesar do desemprego ter diminuído, o número de pessoas que não estão trabalhando nem procurando emprego bateu recorde no país, chegando a 65,6 milhões de pessoas, uma alta de 1,2% sobre o período anterior e o número mais alto da série histórica do IBGE.

Apple perto do 1 trilhão de dólares

A fabricante de tecnologia Apple divulgou seu balanço trimestral, e fez com que suas ações subissem mais de 3%, após o fechamento do mercado nesta terça-feira. Valendo mais de 196 dólares, a companhia americana está próxima de atingir 1 trilhão de dólares em valor de mercado. Nenhuma outra empresa chegou a esse valor na história da bolsa de valores. Embora as expectativas eram de que a empresa não mostrasse seu melhor, o aumento no lucro em 17% (53 bilhões de dólares) e a venda de mais de 41 milhões de iPhones provaram o contrário. O ganho por ações foi de 2,34 dólares.

Sem diálogo entre Irã e EUA

O governo do Irã rejeitou a oferta de diálogo realizada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Segundo o comunicado, a proposta era uma “humilhação” e sem utilidade depois que o americano reativou sanções contra Teerã na esteira da retirada de seu país de um acordo nuclear. Ontem, o líder americano afirmou que estaria disposto a conversar com o Irã caso a conversa fosse feita “sem condições prévias”. Além do governo, o presidente do Irã, Hassan Rouhani, afirmou que a rejeição de Trump ao acordo firmado em 2015 foi “ilegal” e que agora depende da Europa preservar o tratado. Ele disse também que o Irã não cederá facilmente à campanha renovada de Washington para “estrangular” as exportações de petróleo essenciais para seu país. Em maio, os Estados Unidos se retiraram do acordo, alegando que este era benéfico somente ao Irã. Para o ministro do Interior, Abdolreza Rahmani Fazli, seu país não confia em Washington como parceiro de negociação e que a única maneira de retomar as conversas é Washington voltar ao acordo nuclear.

EUA imprimindo armas

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, expressou nesta terça-feira (31) preocupação com a venda de armas plásticas feitas em impressoras 3D. Ontem, oito estados e o distrito de Colúmbia entraram com uma ação contra o governo federal para impedir a publicação de projetos para tais armas na internet. O governo de Trump tinha realizado um acordo com a Defense Distributed, permitindo à empresa que publicasse seus projetos; entre eles o de uma impressora 3D capaz de imprimir armas letais. Para os estados, criminosos teriam acesso fácil a armas, podendo driblar as vendas e os regulamentos tradicionais. Em seu Twitter, o presidente americano afirmou que estava “estudando” a questão das armas 3D e que já tinha dialogado com a Associação Nacional do Rifle (ANR), e que a venda “não parecia fazer muito sentido”. Grupos de defesa da posse de armas têm minimizado a preocupação sobre as armas 3D, dizendo que a tecnologia é cara e que as armas não são confiáveis.

Produção de mísseis na Coreia do Norte?

As agências de Inteligência dos Estados Unidos afirmaram que a Coreia do Norte está construindo novos mísseis na mesma fábrica onde produziu um míssil balístico intercontinental (ICBM). Segundo o jornal americano The Washington Post, imagens obtidas por satélite indicam que o governo de Kim Jong-un trabalha em um ou dois mísseis ICBM numa instalação de pesquisa em Sanumdong, nos arredores de Pyongyang. No final de novembro, o regime norte-coreano lançou um inédito míssil ICBM, batizado de Hwasong-15, que voou cerca de 4.500 quilômetros antes de cair no mar do Japão. Apesar da atividade detectada em Sanumdong, a Inteligência americana também constatou que a Coreia do Norte está desmantelando seu centro de lançamentos em Sohae, na costa oeste da península, como parte do acordo entre os Estados Unidos e o país. A Coreia do Norte iniciou seu processo de desnuclearização no início do ano, quando o presidente Kim Jong-un se encontrou com o líder sul-coreano, Moon Jae-in, e discutiu o processo de paz na península. Em maio, Kim se encontrou com o presidente americano, Donald Trump, e oficializou o processo.

Mea-culpa de Maduro

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, reconheceu sua “responsabilidade” na grave crise econômica que aflige o país e estimou precisar de dois anos para “conseguir” uma recuperação com “alto nível de estabilidade”. Durante uma sessão do IV Congresso do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Maduro afirmou que os modelos produtivos testados até agora fracassaram e que a responsabilidade era “sua”. Com frequência, o governo venezuelano atribui o fraco desempenho da economia a uma “guerra” liderada pelos Estados Unidos e a fatores de oposição interna e da região. Para enfrentar a crise, o presidente venezuelano anunciou na semana passada uma série de medidas, que incluem retirar cinco zeros das notas de bolívar; promover o “uso racional” da gasolina, e aumentar os impostos para importação de bens de capital. A Venezuela atravessa uma crise econômica, com escassez de alimentos básicos e remédios, má prestação dos serviços públicos e uma altíssima inflação, que o Fundo Monetário Internacional (FMI) estima fechar em 1.000.000% neste ano.

Acompanhe tudo sobre:Às SeteExame HojeJair BolsonaroLuiz Inácio Lula da SilvaMarina Silva

Mais de Brasil

Novas regras do BPC: como será a revisão do benefício que pode bloquear cadastros desatualizados

PGR denuncia Nikolas Ferreira por injúria contra Lula

Após ameaça de ala pró-Nunes, Federação do PSDB confirma Datena como candidato em SP

Lula anuncia obras de prevenção a desastres, esgoto, água e mobilidade com recurso de R$ 41,7 do PAC

Mais na Exame