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3 pontos chave do discurso da vitória de Dilma Rousseff

Em discurso de vitória, a petista sinalizou que vai se empenhar para tirar a reforma política do papel e fazer mudanças para melhorar o andamento da economia

Dilma e Lula se abraçam na comemoração da vitória da candidata petista (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Dilma e Lula se abraçam na comemoração da vitória da candidata petista (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Talita Abrantes

Talita Abrantes

Publicado em 27 de outubro de 2014 às 13h44.

São Paulo – Diante de uma vitória apertada nas urnas, Dilma Rousseff (PT) começou seu discurso de vitória pedindo paz e união e declarando estar aberta ao diálogo.

Interrompida diversas vezes por militantes que não conseguiam conter a euforia, a petista sinalizou que vai se empenhar para tirar a reforma política do papel e atuar para a melhora da economia.

Veja os principais pontos e a íntegra do discurso da vitória de Dilma Rousseff.

1. O diálogo para a mudança – um mote da campanha

Após uma disputa acirrada que rachou o país em dois polos, Dilma afirmou que não acredita que o país esteja dividido. “Entendo, sim, que elas [eleições] mobilizaram ideias e emoções às vezes contraditórias, mas movidas por um sentimento comum: a busca de um futuro melhor para o país”, disse.

Para ela, o resultado apertado pode ser um sinal de mudanças mais fortes – seguindo um mote da campanha dela.

“Nas democracias maduras, união não significa necessariamente unidade de ideias, nem ação monolítica conjunta. Pressupõe, em primeiro lugar, abertura e disposição para o diálogo”, afirmou.

2. A reforma política como primeira ação de governo

Dilma deu a entender que a reforma política será prioridade no início do seu novo governo e disse que, por meio do Congresso Nacional, convocará um plebiscito.

“Como instrumento desta consulta popular, o plebiscito, nós vamos encontrar a força e a legitimidade exigida neste momento de transformação para levarmos à frente a reforma política”, disse.

Em seu programa de governo, a candidata defende a revisão do financiamento de campanhas que, segundo ela, deveria vetar as doações empresariais.

Ela diz ainda que o cidadão deve ter mecanismos de controle mais abrangentes sobre os seus representantes e mais espaços para participar das decisões do governo em todos os níveis.

3. O destaque para a economia

A presidente reeleita afirmou que promoverá ações localizadas “em especial” para a área de economia. “Vamos dar mais impulso à atividade econômica e aos setores, em especial o setor industrial”, afirmou. “Seguirei combatendo com rigor a inflação e avançando no terreno da responsabilidade fiscal”.

Se em seu primeiro governo, o titubeante desempenho econômico quase lhe custou a reeleição, Dilma terá um cenário adverso pela frente e, para especialistas, o caminho para o crescimento da economia depende de alguns remédios amargos. Veja quais são eles.

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