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União Europeia prepara novas acusações antitruste contra Microsoft

O alvo da Comissão Europeia é o aplicativo corporativo Teams, que tem sido apontado como uma pedra no sapato da Salesforce e seus app Slack

The Microsoft Teams logo is seen in this photo illustration in Warsaw, Poland on 25 January, 2023. Several Microsoft services were unable to be reached by tens of thousands around the world on Wednesday accroding to Downdetector.The outage was caused, according to Microsoft by a network change. Services affected included Outlook, Teams and Xbox Live. (Photo by Jaap Arriens/NurPhoto via Getty Images) (Jaap Arriens/Getty Images)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 13 de maio de 2024 às 10h14.

Última atualização em 13 de maio de 2024 às 10h15.

A União Europeia está prestes a emitir novas acusações antitruste contra a Microsoft.O motivo é o software de comunicação corporativa Teams, que estaria prejudicando os concorrentes ao ser vendido em conjunto com outros serviços da gigante americana.

No mês passado, a Microsoft ofereceu concessões para evitar medidas regulatórias, incluindo o plano de desvincular o Teams de outros softwares, como o Office, não apenas na Europa, mas globalmente.

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No entanto, fontes próximas às autoridades da UE indicam que os reguladores europeus continuam preocupados com a insuficiência das medidas propostas pela empresa para garantir a equidade no mercado. Concorrentes temem que a Microsoft torne o Teams mais compatível com o Windows em comparação com os rivais. Outra preocupação é a falta de portabilidade de dados, dificultando a migração de usuários atuais do Teams para alternativas.

O movimento da Comissão representa uma escalada em um caso que começou em 2020, após uma queixa formal do Slack, agora pertencente à Salesforce, contra o Teams. Também marcaria o fim de uma trégua de uma década entre os reguladores da UE e a empresa de tecnologia dos EUA, após uma série de investigações de concorrência que terminaram em 2013 com uma multa de €561 milhões à Microsoft por não cumprir uma decisão sobre o agrupamento do navegador Internet Explorer com o sistema operacional Windows.

As acusações podem ser apresentadas nas próximas semanas, segundo o Financial Times. Concorrentes da Microsoft e a Comissão estão se reunindo esta semana para discutir o caso, o que indica que as acusações estão sendo preparadas. No entanto, advertiram que a Microsoft ainda pode oferecer concessões de última hora que poderiam alterar o caso da UE, ou a Comissão pode decidir adiar ou arquivar as acusações contra a empresa.

Se for comprovada a violação da lei de concorrência da UE, a Microsoft pode enfrentar multas de até 10% de seu faturamento anual global.

A abordagem inflexível da União Europeia

A medida contra a Microsoft ocorre em um momento de maior escrutínio sobre suas atividades. A UE também está investigando se a aliança de US$13 bilhões da empresa com a OpenAI, criadora do ChatGPT, viola a lei de concorrência.

A Microsoft também está entre as poucas empresas de tecnologia, incluindo Google e Meta, classificadas como "guardiões" sob a nova Lei dos Mercados Digitais, o que lhes confere responsabilidades especiais ao operar na Europa.

A empresa de tecnologia também enfrentou reclamações de provedores europeus de computação em nuvem, preocupados que a Microsoft esteja abusando de sua posição dominante no setor para forçar os usuários a comprar seus produtos, prejudicando a concorrência de startups menores na Europa.

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