Bradley Manning (AFP)
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2013 às 13h27.
Washington - A juíza que conduz o caso contra Bradley Manning pelo vazamento de milhares de documentos confidenciais ao Wikileaks reduziu nesta terça-feira de 136 para 90 anos de prisão a pena máxima que pode recair sobre o soldado, declarado culpado de 20 das 22 acusações.
A juíza Denise Lind aceitou uma proposta da defesa para fundir múltiplas acusações vinculadas a delitos relacionados. O julgamento militar contra Manning está na fase de sentença e a defesa queria que a pena máxima fosse de 80 anos de prisão.
Manning foi inocentado da mais grave acusação, de "ajuda ao inimigo", que poderia condená-lo à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional.
Entre as acusações que Manning foi considerado culpado está a de violar a Lei de Espionagem por ter entregado ao Wikileaks os diários de guerras do Iraque e do Afeganistão, comunicações diplomáticas do Departamento de Estado, relatórios de presos de Guantánamo e endereços militares de e-mail, entre outros.
Manning, ex-analista de inteligência, não testemunhou durante o julgamento, mas ainda pode fazê-lo durante a fase de sentença.
A defesa apresentou o soldado como um jovem idealista que justificou suas ações pela necessidade de os americanos e o mundo conhecerem os excessos dos militares nas guerras no Iraque e no Afeganistão e os abusos cometidos em países do terceiro mundo.
Durante o julgamento, a acusação chegou a apresentar provas que, durante a vigilância da casa onde Osama bin Laden estava escondido no Paquistão, as forças especiais que invadiram o local encontraram informação vazada pelo Wikileaks.