Recall do Note 7 da Samsung pode custar até US$ 1 bilhão
Bloomberg calcula que a Samsung terá que gastar US$ 1 bilhão para repor todos os 2,5 milhões de Note 7 em recall após problemas com a bateria
Da Redação
Publicado em 5 de setembro de 2016 às 13h46.
O recall de milhões de smartphones da Samsung Electronics não vai ser barato.
A empresa sul-coreana pode chegar a gastar US$ 1 bilhão por ter decidido substituir todos os 2,5 milhões de telefones Note 7 que saíram da fábrica desde que o modelo chegou ao mercado há duas semanas, de acordo com estimativas compiladas pela Bloomberg.
A Samsung só informou que a quantidade é “devastadora”. A bateria de cerca de três dúzias de aparelhos pegou fogo e explodiu.
O momento não poderia ter sido pior. A Samsung vinha com tudo e o sucesso do Galaxy S7, carro-chefe da empresa, ajudou as ações a baterem um recorde no mês passado e elevou o lucro trimestral ao maior patamar em dois anos -- tudo isso em meio a oscilações do mercado global de smartphones.
O Note 7 deveria completar uma linha de produtos que disputaria diretamente com os novos modelos de iPhone, da Apple, que deverão ser revelados nesta semana.
Como líder do mercado de aparelhos que usam o sistema operacional Android, a Samsung não poderia arriscar nenhum dano à sua marca.
“O possível dano à reputação é muito maior do que os prejuízos financeiros de curto prazo”, disse Chang Sea Jin, professor da Universidade Nacional de Cingapura.
Estimativas do Credit Suisse Group, da Daishin Securities e da Pelham Smithers Associates calculam que o recall custará em torno de US$ 1 bilhão ou menos.
Indagado sobre o impacto financeiro, Koh Dong Jin, chefe da unidade de smartphones da Samsung, disse em entrevista coletiva na sexta-feira, em Seul, que era uma “devastadora”.
A principal pergunta nas próximas semanas é sobre o dano que o recall pode causar à marca Samsung. Após dolorosos conflitos judiciais com a Apple, a empresa com sede em Suwon trabalhou arduamente para reerguer sua reputação em termos de qualidade e inovação com o pioneirismo no lançamento de aparelhos com tela grande e curva.
Quando foi lançado, o Note 7 recebeu críticas favoráveis e as vendas antecipadas foram vistas como um modo de aproveitar a ausência de novos modelos de iPhone. Agora, as vendas estão sendo interrompidas em 10 países onde o Note 7 está disponível.
Sanghyun Park, analista de ações da Pelham Smithers Associates, disse que tem certeza de que a decisão de fazer o recall global partiu diretamente do vice-presidente da Samsung, Lee Jae Yong, filho do presidente Lee Kun Hee.
O jovem Lee está no lugar do pai desde que ele foi hospitalizado após sofrer um ataque cardíaco em maio de 2014.
“De fato, não tem ninguém além dele na Samsung que possa tomar uma decisão ousada assim”, disse Park. Como membro da família que fundou a Samsung, Lee gostaria de proteger a reputação da empresa criada por seu avô, disse Park.
O recall de milhões de smartphones da Samsung Electronics não vai ser barato.
A empresa sul-coreana pode chegar a gastar US$ 1 bilhão por ter decidido substituir todos os 2,5 milhões de telefones Note 7 que saíram da fábrica desde que o modelo chegou ao mercado há duas semanas, de acordo com estimativas compiladas pela Bloomberg.
A Samsung só informou que a quantidade é “devastadora”. A bateria de cerca de três dúzias de aparelhos pegou fogo e explodiu.
O momento não poderia ter sido pior. A Samsung vinha com tudo e o sucesso do Galaxy S7, carro-chefe da empresa, ajudou as ações a baterem um recorde no mês passado e elevou o lucro trimestral ao maior patamar em dois anos -- tudo isso em meio a oscilações do mercado global de smartphones.
O Note 7 deveria completar uma linha de produtos que disputaria diretamente com os novos modelos de iPhone, da Apple, que deverão ser revelados nesta semana.
Como líder do mercado de aparelhos que usam o sistema operacional Android, a Samsung não poderia arriscar nenhum dano à sua marca.
“O possível dano à reputação é muito maior do que os prejuízos financeiros de curto prazo”, disse Chang Sea Jin, professor da Universidade Nacional de Cingapura.
Estimativas do Credit Suisse Group, da Daishin Securities e da Pelham Smithers Associates calculam que o recall custará em torno de US$ 1 bilhão ou menos.
Indagado sobre o impacto financeiro, Koh Dong Jin, chefe da unidade de smartphones da Samsung, disse em entrevista coletiva na sexta-feira, em Seul, que era uma “devastadora”.
A principal pergunta nas próximas semanas é sobre o dano que o recall pode causar à marca Samsung. Após dolorosos conflitos judiciais com a Apple, a empresa com sede em Suwon trabalhou arduamente para reerguer sua reputação em termos de qualidade e inovação com o pioneirismo no lançamento de aparelhos com tela grande e curva.
Quando foi lançado, o Note 7 recebeu críticas favoráveis e as vendas antecipadas foram vistas como um modo de aproveitar a ausência de novos modelos de iPhone. Agora, as vendas estão sendo interrompidas em 10 países onde o Note 7 está disponível.
Sanghyun Park, analista de ações da Pelham Smithers Associates, disse que tem certeza de que a decisão de fazer o recall global partiu diretamente do vice-presidente da Samsung, Lee Jae Yong, filho do presidente Lee Kun Hee.
O jovem Lee está no lugar do pai desde que ele foi hospitalizado após sofrer um ataque cardíaco em maio de 2014.
“De fato, não tem ninguém além dele na Samsung que possa tomar uma decisão ousada assim”, disse Park. Como membro da família que fundou a Samsung, Lee gostaria de proteger a reputação da empresa criada por seu avô, disse Park.