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PlayStation 5 é lançado no Brasil e dúvida não quer calar: vai esgotar?

No Brasil, o novo videogame custará 4.199 reais em sua versão digital, enquanto a tradicional com leitor de discos sairá por 4.699 reais

PS5 é o console mais eco-friendly de sua geração (PS5/Divulgação)

Tamires Vitorio

Publicado em 19 de novembro de 2020 às 06h00.

O aguardado PlayStation 5 (PS5) chega ao Brasil nesta quinta-feira, 19, com uma fila de fãs esperando (mesmo que seja online). Poucas horas após o lançamento do console nos Estados Unidos e no Japão, na semana passada, o aparelho se esgotou nas lojas.É provável que o mesmo aconteça com o PS5 no Brasil. Uma semana antes de sua venda ser oficializada, ao entrar no site da Amazon, o link que antes constava o console como em “pré-venda”, agora diz que o produto “não está disponível”. O mesmo acontece no Magazine Luiza e no Submarino.

O PS5 custará 4.199 reais em sua versão digital, enquanto a tradicional com leitor de discos sairá por 4.699 reais. Os valores foram reduzidos após um decreto que previa a diminuição no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Nos Estados Unidos, o preço é de 499,99 dólares e 399,99 dólares, respectivamente.

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Entre as principais novidades do novo console da Sony está o fato de que agora será possível jogar todos os jogos sem restrição por país, o que significa que o consumidor poderá jogar games de outros países sem maiores problemas. Com ele também será possível jogar jogos de versões mais antigas do PlayStation, usando o serviço de game em nuvem PlayStation Now.

Em entrevista ao site americano Business Insider, Jim Ryan, CEO e presidente global da Sony Interactive Entertainment, afirmou que tinha dúvidas sobre o lançamento do console em meio à pandemia do novo coronavírus. "Ninguém tinha ideia do que isso significaria e o quanto precisaríamos trabalhar", disse ele.

A principal dúvida à época, segundo ele, era se os engenheiros de hardware conseguiriam finalizar os últimos detalhes da aparência do console, enquanto outra que pairava no ar era se os de software conseguiriam finalizar a experiência de usuário esperada para o PS5. Outra dúvida na cabeça de Ryan era se os desenvolvedores conseguiriam acabar seus jogos antes do lançamento, apesar de todos os empecilhos.

Mas a mais preocupante, segundo Ryan, era se as cadeias de produção conseguiriam fabricar os componentes necessários para o PlayStation, em especial na China --- país tido como a origem da covid-19. "Naquele ponto, não sabíamos até que ponto conseguiríamos funcionar", explicou.

"Passamos por um período difícil, mas sentamos e calmamente trabalhamos em torno de todas essas coisas, pedaço por pedaço. Então descobrimos que conseguiríamos fazer o que queríamos, mesmo deixando algumas coisas de lado. Entendemos que não seria da mesma forma que seria se não tívessemos a covid", afirmou.

Apesar disso, as estimativas para as vendas são boas. Segundo a consultoria de dados alemã Statista , a expectativa de vendas para 2020 é de 4,6 milhões de unidadades --- que devem aumentar para 66,6 milhões de unidades até 2024.

Até o momento, não há motivo para o PlayStation se preocupar.

Situação do mercado

Com Thiago Lavado

Fazia tempo que dois dos maiores consoles do mundo não faziam tanto barulho quanto em 2020. O PlayStation segue na liderança, segundo o irlandês StatCounter, com 65,09% da fatia do mercado global, enquanto a Microsoft tem 34,9% de penetração e o Nintendo 0%.

No Brasil, a liderança também fica com o PlayStation. Entre aqueles que têm um console em casa, o videogame da Sony ganha disparado — 53,99% versus 46,01% de prevalência da Microsoft.

A esperança da companhia fundada por Bill Gates é que o jogo vire (e em breve). Com os lançamentos e a correria para garantir um console em meio à pandemia do novo coronavírus, pode ser que tudo dê certo.

Durante a quarentena, que tirou de cena cinemas, shopping centers e parques, oo mercado de games foi uma solução de entretenimento e interação entre familiares e amigos. De acordo com a consultoria Newzoo, o ano de 2020 vai terminar com 150 milhões de novos jogadores, totalizando 2,7 bilhões. O setor fatura 159 bilhões de dólares — é três vezes mais do que o mercado de streaming, liderado pela Netflix.

Como em outros mercados de tecnologia, a mudança de geração deve ser menos visual do que era no passado. Os jogos não terão uma mudança drástica no visual com os novos sistemas, que de fato são mais parrudos, mas devem trazer novas sensações aos gamers. A Sony, por exemplo, introduziu novos padrões vibratórios aos controles para aumentar a sensação de imersão.

Os aparelhos têm ainda melhoramentos técnicos, como armazenamento em flash (SSD), processadores mais parrudos e compatibilidade para 120Hz, que trará taxas de atualização mais frequente, também melhorando a experiência dos jogadores.

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