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Doadores comprometem US$215 mi para conservação da Amazônia

O fundo, que busca garantir a conservação de mais de 90 áreas protegidas na Amazônia, acontece em um momento no qual novas ações de desenvolvimento ocorrem na região

Amazônia (EFE)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2014 às 08h36.

O governo brasileiro, a ONG de conservação da natureza WWF e vários parceiros devem apresentar nesta quarta-feira um acordo para criação de um fundo de 215 milhões de dólares para a preservação da Amazônia.

O fundo, que busca garantir a conservação de mais de 90 áreas protegidas na Amazônia, acontece em um momento no qual novas ações de desenvolvimento ocorrem na região, o que resultou em números maiores de desmatamento no ano passado após anos de baixas recordes.

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Sob os termos do acordo, os parceiros no fundo farão contribuições anuais para ajudar o Brasil a obter as necessidades financeiras para as áreas protegidas, cujo tamanho combinado totaliza mais de 60 milhões de hectares -- uma área 20 por cento maior do que a Espanha.

Segundo os parceiros, as contribuições serão condicionadas a condições exigidas do Brasil, incluindo auditorias do órgão do governo que vai administrar o fundo e a continuidade de áreas do governo, tanto em termos de pessoal quanto de financiamento, para administrar áreas florestais.

O dinheiro do fundo será utilizado para uma gama de medidas básicas de conservação, incluindo cercas e sinais para delinear as áreas protegidas e para pagar por veículos utilizados em patrulhas.

Pelo acordo, "o governo do Brasil está se comprometendo ao orçamento e às regulamentações necessárias para assegurar futuros financiamentos para a Amazônia brasileira", disse em entrevista Carter Roberts, chefe do WWF, que ajudou a estabelecer o fundo.

Representantes do Ministério do Meio Ambiente, que disseram que será realizado um anúncio nesta quarta-feira sobre o financiamento para a proteção de áreas na Amazônia, não retornaram pedidos de comentários.

O governo brasileiro tomou diversas ações contra o desmatamento em 2012, especialmente através da aplicação de leis ambientais e de medidas financeiras como o bloqueio de crédito para companhias e indivíduos que foram pegos fazendo negócios com fazendeiros e outras pessoas conhecidas por explorar ilegalmente terras desmatadas.

Recentemente, entretanto, o governo fez mudanças em agências ambientais e regulamentos que, segundo críticos, facilitaram o desenvolvimento de diferentes projetos em áreas protegidas. O governo também alterou as fronteiras de alguns parques de conservação para dar espaço a projetos de infraestrutura, incluindo hidrelétricas em rios da região.

O financiamento para o novo fundo, esperado para durar 25 anos, foi garantindo junto a fontes públicas e privadas, incluindo o governo da Alemanha, o Banco Interamericano de Desenvolvimento, o Banco Mundial, filantropos e o Fundo da Amazônia, uma entidade financiada principalmente pelo governo da Noruega e administrada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A quantia de 215 milhões de dólares é calculada como necessária para ajudar o governo brasileiro, durante 25 anos, a tornar-se autossuficiente em termos de financiamento das florestas tropicais.

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