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Conheça o Discord, app que deve receber usuários vindos do Telegram

O serviço é visto como menos rígido no controle de conteúdo e já foi criticado por não tomar posição sobre o que os usuários falam e compartilham dentro do aplicativo

Discord: app de comunicação é bastante usado por quem joga no computador e videogames (Fabian Sommer/Getty Images)

Discord: app de comunicação é bastante usado por quem joga no computador e videogames (Fabian Sommer/Getty Images)

Com o bloqueio do Telegram determinado pelo Ministro Alexandre de Moraes nesta sexta-feira, 18, administradores de grupos no aplicativo estão em busca de alternativas para manter suas comunicações e contornar o banimento do app.

Algumas das gambiarras abrangem diferentes cenários, como, por exemplo, se o bloqueio levar a uma remoção do Telegram da Play Store, se houver manipulação da DNS (Domain Name System, ou Sistema de nome de domínio) ou se os endereços de IP dos servidores do Telegram forem banidos.

Mas, muito além de usar uma VPN para seguir conectado ao app, mesmo sob o risco de multa de 100 mil reais por dia, alguns usuários defenderam a migração para o Discord, aplicativo muito usado por jogadores e defensores da privacidade dos usuários. Contudo, antes de seguir com o download do aplicativo, eis aqui algumas de suas principais funcionalidades:

Recursos do Discord

O concorrente do Discord não é o Telegram, tampouco, o WhatsApp. O serviço de comunicação é, por assim dizer, um irmão do meio do Teams, da Microsoft, e o TeamSpeak, famoso nos anos 2010 entre a comunidade gamer.

Com isso, dentro da plataforma, é possível criar servidores, reunindo várias pessoas em um chat sobre determinado assunto ou em um espaço para um determinado grupo.

Dentro desses servidores, por exemplo, há uma capacidade de segmentação por temas ou outros fatores em comum. Além das conversações, é possível compartilhar a tela e adicionar bots para os grupos para tocar músicas, por exemplo.

Para jogadores, ele é útil justamente por possibilitar a comunicação durante uma partida, além de distribuir entre os canais dos servidores os grupos de interesse. Dividir e subcategorizar os interesses faz com que a comunicações por voz não fiquem tumultuadas e com pessoas falando de vários assuntos diferentes.

Segurança e privacidade

O Discord já foi criticado por não tomar posição sobre o que os usuários falam e compartilham dentro do aplicativo. Uma resposta para o escrutínio do app veio em fevereiro, quando o serviço reformou o conjunto de regras que regem a plataforma.

Focadas no controle de informações falsas acerca de questões de saúde e discurso de ódio, as novas "Diretrizes da Comunidade" começarão a vigorar no dia 28 de março deste ano.

“Não compartilhe informações falsas ou enganosas”, alerta o Discord em um dos novos termos. “Conteúdos falsos, enganosos e que possam levar a um risco significativo de danos físicos ou sociais não podem ser compartilhados no Discord”, complementa.

O conteúdo capaz de “resultar em danos à infraestrutura física, lesões a terceiros, obstrução de participação em processos cívicos ou risco à saúde pública” poderá ser removido do ar sem aviso.

Além de atuar contra mensagens que circulam no aplicativo, o Discord também prometeu ser mais rígido quanto ao comportamento da comunidade que extrapola as salas de chat.

Reforçar (e divulgar) ameaças, se envolver em grupos violentos e encorajar outros a fazerem o mesmo ou pertencer a grupos que praticam pedofilia são algumas das coisas que, mesmo fora do app, também podem gerar penalidades.

Discurso de ódio também está na mira das novas regras. Falas que podem ofender ou impactar negativamente na convivência com portadores de deficiência física, grupos étnicos específicos e outras minorias também não serão permitidas pela plataforma.

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