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Com iPhone 12, Apple posiciona smartphone como seu videogame portátil

Os novos iPhones contam com os processadores gráficos mais poderosos do mercado de smartphones

iPhone 12: novo smartphone foi anunciado nesta terça-feira pela Apple (Apple/Reprodução)

Lucas Agrela

Publicado em 13 de outubro de 2020 às 15h26.

Última atualização em 13 de outubro de 2020 às 17h44.

O iPhone 12 , anunciado hoje pela americana Apple , não é mais somente um smartphone, mas um videogame portátil que funciona, também, como um celular topo de linha. O aparelho tem um novo chip de processamento gráfico (GPU, na sigla em inglês) que a fabricante promete oferecer desempenho 50% superior ao de qualquer outro smartphone do mercado.

Ou seja, ele seria melhor do que o Adreno 650 GPU, da Qualcomm, que funciona em aparelhos como o rival Galaxy Note 20 Ultra (em alguns mercados, mas não no Brasil ).

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Reforçando a vocação do iPhone 12 para games,até o final do ano, o jogo League of Legends estará disponível no aparelho.

No mundo dos consoles, a Sony vendeu 112,9 milhões de unidades do PlayStation 4, a Nintendo vendeu 63,4 milhões de unidades do Switch, e a Microsoft vendeu 48,2 milhões de unidades do Xbox One, segundo dados até agosto de 2020. Só no segundo trimestre de 2020, a Apple vendeu 38 milhões de iPhones, segundo a consultoria chinesa Counterpoint Research.

O número de jogadores e a receita dos jogos para celular não para de crescer. Em 2020, o faturamento do setor atingirá 55,3 bilhões de dólares, um salto de 12,8%, se comparado aos 49 bilhões de dólares de 2019.

Onúmero de jogadores em 2020 irá totalizar 1,57 bilhão, 14,9% a mais do que no ano passado, segundo a consultoria alemã Statista. Cada jogador gasta, em média, 35,17 dólares por ano em jogos para celular. A maior parte dos jogadores (36%) tem idades entre 25 e 34 anos. Não à toa, a startup brasileira Wildlife, dedicada exclusivamente a jogos para smartphones, já vale mais de 3 bilhões de dólares mesmo apenas 9 anos após sua fundação.

A Apple está no centro de um debate global sobre a restrição de rentabilização de jogos para celulares. A empresa está em uma batalha judicial contra o jogo Fortnite, da Epic Games, que tentou introduzir um sistema de pagamentos que infringia a regra de pagamento de 30% por vendas viabilizadas pela App Store do iPhone.

A Tencent, empresa chinesa responsável pelo aplicativo, detém 40% da Epic Games e a disputa é mais um capítulo da guerra comercial entre Estados Unidos e China, assim como as contantes ameaças de banimento do aplicativo de vídeos curtos TikTok, da Bytedance.

Como um todo, o mercado de games global já fatura mais anualmente do que o cinema – especialmente em 2020, quando o setor teve uma grande queda devido à quarentena do novo coronavírus. Com a Apple se voltando mais ao setor de serviços e assinaturas, como a do streaming de games Apple Arcade, os jogos estão no centro da estratégia da empresa mais valiosa do mundo.

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