Prezi imitou seu cérebro para virar o antiPowerPoint
Peter Arvai, um dos criadores do Prezi, conta, em entrevista a EXAME.com, como seu antiPowerPoint conquistou 45 milhões de pessoas, sendo 1,5 milhão no Brasil
Maurício Grego
Publicado em 28 de outubro de 2014 às 08h54.
São Paulo -- Usado em aulas, palestras e reuniões de negócios, o PowerPoint é quase sinônimo de apresentação . Se, no passado, os concorrentes desse aplicativo da Microsoft se contentavam em imitá-lo, agora eles inovam. E um dos mais bem sucedidos é o Prezi.
Esse antiPowerPoint criado na Hungria já tem 45 milhões de usuários, sendo 1,5 milhão no Brasil. Na semana passada, seus autores anunciaram uma parceria com a SOAP, empresa brasileira especializada em apresentações, que passa a trabalhar com o Prezi, entre outras ferramentas.
Apresentações produzidas no Prezi são vistas em eventos como o Fórum Econômico Mundial e as conferências TED. O aplicativo é empregado por startups do Vale do Silício, por grandes corporações da lista Fortune 500 e por universidades americanas. No Brasil, é usado por organizações como Petrobras, Totvs e Sebrae.
Enquanto o PowerPoint usa a metáfora de uma pilha de slides, o Prezi emprega uma imagem como base para a apresentação. Navega-se nessa imagem seguindo um caminho previamente traçado, como se ela fosse um mapa. A cada parada, um efeito de zoom revela uma tela com textos, gráficos e fotos.
Essa tela é parecida com os slides do PowerPoint. A principal diferença está na maneira como é feita a transição entre as telas. Numa entrevista a EXAME.com, Peter Arvai, cofundador e CEO da Prezi, explica a ideia por trás disso:
“Se eu perguntar que eletrodomésticos há em sua cozinha, você não vai pensar numa lista. Vai pensar na cozinha e nos lugares onde ficam esses objetos. É como o cérebro funciona. Quando você se move entre os slides usando zoom e deslocamento, você conecta ideias da maneira como está habituado a abordá-las. O PowerPoint é uma lista. Não é algo natural para nossa mente.”
Arvai afirma que essa maneira de navegar faz com que as pessoas na plateia retenham uma porcentagem maior das informações exibidas. Ele cita o caso da rede americana de academias de ginástica Crunch Fitness:
“Eles fazem apresentações para potenciais franqueados. Depois que trocaram o PowerPoint pelo Prezi, tiveram um aumento de 30% no percentual de interessados que se tornam franqueados.”
Arvai fundou a Prezi em 2009 em Budapeste, na Hungria, com dois sócios. “Um dos meus sócios é artista plástico. Ele criou uns trabalhos multimídia que tinham efeitos de zoom e deslocamento. As pessoas adoravam isso. Surgiu, então, a ideia de empregar a mesma técnica para apresentações de negócios”, conta ele.
O Prezi tem versões para Windows, Mac, iPhone e iPad, além de uma que funciona na web. Uma conta gratuita permite criar apresentações públicas na web. Opções de assinatura paga possibilitam produzir apresentações privadas, personalizá-las com o logotipo da empresa e editá-las offline com os apps para Windows e Mac.
São Paulo -- Usado em aulas, palestras e reuniões de negócios, o PowerPoint é quase sinônimo de apresentação . Se, no passado, os concorrentes desse aplicativo da Microsoft se contentavam em imitá-lo, agora eles inovam. E um dos mais bem sucedidos é o Prezi.
Esse antiPowerPoint criado na Hungria já tem 45 milhões de usuários, sendo 1,5 milhão no Brasil. Na semana passada, seus autores anunciaram uma parceria com a SOAP, empresa brasileira especializada em apresentações, que passa a trabalhar com o Prezi, entre outras ferramentas.
Apresentações produzidas no Prezi são vistas em eventos como o Fórum Econômico Mundial e as conferências TED. O aplicativo é empregado por startups do Vale do Silício, por grandes corporações da lista Fortune 500 e por universidades americanas. No Brasil, é usado por organizações como Petrobras, Totvs e Sebrae.
Enquanto o PowerPoint usa a metáfora de uma pilha de slides, o Prezi emprega uma imagem como base para a apresentação. Navega-se nessa imagem seguindo um caminho previamente traçado, como se ela fosse um mapa. A cada parada, um efeito de zoom revela uma tela com textos, gráficos e fotos.
Essa tela é parecida com os slides do PowerPoint. A principal diferença está na maneira como é feita a transição entre as telas. Numa entrevista a EXAME.com, Peter Arvai, cofundador e CEO da Prezi, explica a ideia por trás disso:
“Se eu perguntar que eletrodomésticos há em sua cozinha, você não vai pensar numa lista. Vai pensar na cozinha e nos lugares onde ficam esses objetos. É como o cérebro funciona. Quando você se move entre os slides usando zoom e deslocamento, você conecta ideias da maneira como está habituado a abordá-las. O PowerPoint é uma lista. Não é algo natural para nossa mente.”
Arvai afirma que essa maneira de navegar faz com que as pessoas na plateia retenham uma porcentagem maior das informações exibidas. Ele cita o caso da rede americana de academias de ginástica Crunch Fitness:
“Eles fazem apresentações para potenciais franqueados. Depois que trocaram o PowerPoint pelo Prezi, tiveram um aumento de 30% no percentual de interessados que se tornam franqueados.”
Arvai fundou a Prezi em 2009 em Budapeste, na Hungria, com dois sócios. “Um dos meus sócios é artista plástico. Ele criou uns trabalhos multimídia que tinham efeitos de zoom e deslocamento. As pessoas adoravam isso. Surgiu, então, a ideia de empregar a mesma técnica para apresentações de negócios”, conta ele.
O Prezi tem versões para Windows, Mac, iPhone e iPad, além de uma que funciona na web. Uma conta gratuita permite criar apresentações públicas na web. Opções de assinatura paga possibilitam produzir apresentações privadas, personalizá-las com o logotipo da empresa e editá-las offline com os apps para Windows e Mac.