Tecnologia

China e Rússia querem internet controlada pelos governos

Na contramão dos que querem a internet livre de censura, China e Rússia defendem o controle governamental da rede no evento NETmundial, em São Paulo


	Chinês usa notebook em Xangai: ao todo, país reúne 600 milhões de internautas
 (Carlos Barria/Reuters)

Chinês usa notebook em Xangai: ao todo, país reúne 600 milhões de internautas (Carlos Barria/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de abril de 2014 às 18h16.

São Paulo - Representantes da China e da Rússia se posicionaram agora há pouco no NETmundial, evento sobre os rumos da governança da internet que acontece em São Paulo. Eles se mostraram a favor de uma maior controle do ambiente online por parte dos governos.

"Sem ordem, não haverá liberdade na internet", afirmou o representante chinês. Em sua fala, ele lembrou que seu país tem 600 milhões de internautas e defendeu a aplicação de princípios como a soberania nacional e a autodeterminação dos povos à internet.

Já o representante russo foi mais enfático em suas observações. Ele destacou que o tempo curto para discussões (dois dias) poderia gerar distorções que prejudicariam o resultado final do evento, que deve vir na forma de uma carta de intenções.

Dentro do esperado

De acordo com Carlos Afonso, diretor do Nupef (Núcleo de Pesquisas, Estudos e Formação), as reações estão dentro do esperado. Porém, ao que tudo indica, a posição de China e Rússia não parece ser a tendência majoritária entre os participantes do NETmundial.

Em entrevista a EXAME.com, Afonso destacou que os dois países sempre se colocam desta forma em eventos deste tipo. "Todo este discurso é feito aqui, mas eles continuam participando de todos os sistemas internacionais", afirmou ele.

Com encerramento previsto para amanhã, o NETmundial reúne autoridades e especialistas em internet de 80 países. Juntos, eles discutem princípios que possam ser aplicados à internet de forma global - entre outros temas.

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