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Cerca de mil empregados da Foxconn entram em greve devido a baixos salários

Os empregados alegam que os salários são extremamente baixos, com uma média de 2.000 iuanes (cerca de R$ 780) ao mês

Foxconn (EFE)

Foxconn (EFE)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2014 às 05h49.

Cerca de mil empregados de uma fábrica da Foxconn na China entraram em greve nesta semana em protesto pelos baixos salários que recebem da empresa taiuanesa, que fabrica produtos da Apple e de outras multinacionais no país asiático.

Segundo publicou nesta sexta-feira a imprensa local, os trabalhadores começaram o protesto no dia 8 de outubro, no distrito de Shapingbei no município de Chongqing (centro), onde há uma fábrica da Foxconn.

Os empregados alegam que os salários são extremamente baixos, com uma média de 2.000 iuanes (cerca de R$ 780) ao mês, e que no máximo cobram entre 3.000 e 4.000 iuanes (de R$ 1.170 a R$ 1.560) se trabalharem horas extras.

Eles também se queixam que a empresa delega com cada vez mais frequência tecnologia de ponta para reduzir custos em recursos humanos e para que os trabalhadores dediquem menos horas ao serviço, e de modo a cobrar salários menores.

"Temos que comer e manter a família", diz um das muitos cartazes dos grevistas, segundo fotografias divulgadas pelo site "finance.huanqiu.com."

Não se trata do primeiro conflito entre a Foxconn -maior fabricante mundial de eletrônicos, para marcas como Apple, Hewlett Packard, Nokia e Dell- e seus trabalhadores, que protagonizam há anos greves e protestos por diferentes motivos, geralmente pelos baixos salários ou pela abusiva carga horária de trabalho.

Em 2012, milhares de trabalhadores de uma fábrica da Foxconn na China, onde se fabricava o iPhone 5, entraram em greve pelas intermináveis horas de trabalho, o que paralisou a produção do telefone da Apple.

No mesmo ano, a Foxconn reconheceu que havia contratado 500 menores, com idades que variavam de 14 a 16 anos, como aprendizes em uma de suas fábricas na China, a de Yantai, na província de Shandong (leste).

Mais recentemente, em setembro, a ONG China Labour Watch (CLW) denunciou em um relatório que outra fornecedora de serviços de manufatura da Apple, a americano Jabil Circuit, explorava os trabalhadores de uma fábrica de Wuxi (Jiangsu, leste da China) com jornadas de 77 horas semanais sob grande pressão para fabricar partes do iPhone 6.

 

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