Tecnologia

Carros autônomos da Waymo são 9 vezes mais seguros contra acidentes graves

Dados de subsidiária do Google reforçam argumento de executivo de saúde nos EUA para adoção da tecnologia como medida pública de prevenção, após 39 mil mortes anuais no trânsito

A Waymo é uma empresa de veículos autônomos e subsidiária da Alphabet, controladora do Google (Allen J. Schaben / Los Angeles Times/Getty Images)

A Waymo é uma empresa de veículos autônomos e subsidiária da Alphabet, controladora do Google (Allen J. Schaben / Los Angeles Times/Getty Images)

Publicado em 3 de dezembro de 2025 às 10h42.

Última atualização em 3 de dezembro de 2025 às 10h55.

Veículos autônomos são cada vez mais uma realidade em grandes cidades dos Estados Unidos, da China e em localidades como Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos. Apesar de questões técnicas e regulatórias ainda existirem, seriam eles um caminho viável para reduzir drasticamente as mortes no trânsito?

Segundo dados divulgados pela Waymo, subsidiária da Alphabet, empresa-mãe do Google, seus veículos autônomos são 9 vezes mais seguros que os carros guiados por humanos.[/grifar] A análise cobre quase 161 milhões de quilômetros rodados até junho de 2025 em quatro cidades dos EUA: Los Angeles, San Francisco, Phoenix e Austin.

Além disso, a taxa de colisões com qualquer tipo de ferimento foi 80% menor e, em cruzamentos – pontos críticos no trânsito urbana –, a redução chegou a 96%. Esses resultados levaram Slotkin a defender que a tecnologia seja tratada como medida de saúde pública.

Embora a Waymo tenha registrado incidentes pontuais, como falhas de navegação ou batidas leves, as ocorrências mais graves envolveram sempre terceiros como causadores, sejam eles motoristas humanos ou motociclistas.

A empresa é a única do setor que divulga dados completos de desempenho, o que permite comparação real com condutores humanos. A Tesla e outras concorrentes ainda não oferecem o mesmo nível de transparência.

Resistência regulatória

Apesar do potencial para a saúde pública, cidades como Washington e Boston impõem barreiras à expansão da tecnologia, incluindo a exigência de operadores humanos dentro dos veículos.

Nos EUA, mais de 39 mil pessoas morreram em acidentes de trânsito em 2024 – número superior à soma de homicídios, acidentes aéreos e desastres naturais. Os custos anuais estimados passam de US$ 1 trilhão, somando perdas econômicas e de qualidade de vida.

Para o autor, se 30% da frota fosse autônoma, até 40% dos acidentes poderiam ser evitados. A Waymo opera com sensores LiDAR, câmeras e radares. Seus carros circulam apenas em áreas específicas e previamente mapeadas, o que ainda representa um obstáculo à adoção em larga escala nos EUA – ou no resto do mundo.

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