Evento reunirá, pela primeira vez, Charles Lencher, do Occupy Wall Street, Leila Nachawati, da Primavera Árabe, e Olmo Gálvez, da Acampada del Sol (Célio Yano/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 29 de janeiro de 2013 às 19h09.
São Paulo - A organização da Campus Party anunciou, hoje, em entrevista coletiva, as principais novidades da edição 2012 do evento, que acontece entre os dias seis e 12 de fevereiro.
Em sua quinta edição, a Campus Party deixa o Espaço de Exposição Imigrantes e se muda para o Anhembi Parque, na zona norte de São Paulo. Com o novo espaço, o evento amplia de 6800 para 7000 o número de campuseiros.
Outra novidade são os temas centrais - cloud computing, mobilidade e gamificação – que devem direcionar as discussões desta edição.
Além das atrações internacionais, a Campus Party 2012 vai também discutir os principais movimentos culturais revolucionários que aconteceram durante o ano de 2011.
Para isso, estão presentes - e pela primeira vez juntos em uma mesa – Charles Lencher, do Occupy Wall Street, Leila Nachawati, da Primavera Árabe, e Olmo Gálvez, da Acampada del Sol.
Além disso, a capacidade de banda da Campus Party 2012 será ampliada de 10 Gpbs para 20 Gbps.
“A quinta edição marca a consolidação da Campus Party como maior evento de inovação, entretenimento digital, ciência e cultura digital do mundo. Prova disso foi a venda recorde dos 7000 ingressos em apenas 22 dias”, afirmou Mario Teza, diretor geral do evento.
Problemas com energia e empreendedorismo
Os problemas com energia e com fornecimento de conexão que aconteceram na edição 2011 não devem se repetir em 2012. Segundo Teza, mais geradores foram alugados para atender a demanda do evento.
Consolidada como um espaço de empreendimento e de surgimento de novas ideias, a Campus Party ampliou sua parceria com o Sebrae, que irá ter espaço próprio no evento. “Queremos que os jovens encontrem os primeiros passos de como se montar um negócio até cases de sucesso, além de palestras sobre empreendedorismo, social thinking e crowdfunding”, afirmou Teza.
Além disso, a Telefônica irá promover o Wayra Brasil, que irá selecionar 30 projetos e aplicativos para disputar dez vagas na Academia Wayra, reconhecido pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) como a maior iniciativa internacional de empreendedorismo tecnológico.
Pirataria em questão
A organização não confirmou se existirão filtros para o bloqueio de conteúdo protegido por direito autoral, mas afirmou “que o evento seguirá as boas normas da internet”.
O diretor da Wikimedia Foundation, Kul Wadha, que já veio a Campus Party no ano passado, deve falar sobre o engajamento da enciclopédia online Wikipedia contra os projetos de lei Sopa (Stop Online Piracy Act) e Pipa (Protect IP Act), ambas propostas que tramitam no congresso americano e preveem endurecer as regras para o compartilhamento de conteúdo na web.
De acordo com o prefeito Gilberto Kassab, presente na coletiva, em breve a Campus Party fará parte do calendário oficial de eventos da cidade.