Apple Watch Ultra é o modelo top de linha da empresa (Apple/Reprodução)
Repórter colaborador
Publicado em 11 de dezembro de 2024 às 08h00.
A Apple planeja levar conexões via satélite para seu smartwatch em 2025 e está intensificando o trabalho em um recurso de pressão arterial, buscando atrair praticantes de trilhas e consumidores preocupados com a saúde para comprar seus novos gadgets.
Segundo a Bloomberg, o recurso de satélite está programado para chegar ao Apple Watch Ultra do ano que vem, o modelo top de linha da empresa. A tecnologia permitirá que usuários do Apple Watch enviem mensagens de texto fora da rede celular ou Wi-Fi via satélites da Globalstar.
O outro recurso, que monitoraria se os usuários do relógio têm pressão alta, pode chegar também em 2025. Entretanto, essa ferramenta já havia sido anunciada para o ano passado, mas não houve avanço.
A tecnologia estenderia um dos maiores esforços da Apple sob o CEO Tim Cook: reforçar os recursos de saúde e segurança de seus produtos. A empresa tem comercializado cada vez mais seu relógio e telefone como dispositivos que salvam vidas, e os recursos mais recentes fortaleceriam essa ideia.
A empresa lançou pela primeira vez um recurso de comunicação via satélite com o iPhone 14 em 2022. Ele permitiu que os usuários permanecessem em contato com serviços de emergência enquanto estivessem fora da rede. O recurso foi expandido no ano passado para permitir o contato com provedores de assistência na estrada. A Apple então atualizou o recurso novamente este ano para permitir que as pessoas o usassem para enviar mensagens de texto a qualquer pessoa via iMessage.
Já o Apple Watch Ultra seria o primeiro smartwatch convencional com recursos de satélite. A mudança também pode dar aos consumidores menos motivos para usar um dispositivo de comunicação via satélite autônomo.
As ações da provedora de satélite Globalstar, parceira da Apple no projeto, chegaram a subir cerca de 15% no pregão de ontem em Nova York.
A Apple e a Globalstar expandiram sua parceria nos últimos anos. Em novembro, a fabricante do iPhone investiu cerca de US$ 1,5 bilhão na GlobalStar para reforçar sua infraestrutura. A Apple também adquiriu uma participação de 20% na empresa.