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O Galaxy Tab começa hoje sua briga contra o iPad no Brasil

O principal concorrente do iPad acabou chegando antes dele ao país

tela do Galaxy Tab (EXAME.com)

tela do Galaxy Tab (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 22 de novembro de 2010 às 13h38.

São Paulo - O Galaxy Tab, da Samsung, está estreando hoje no Brasil, com a fama de o mais sério concorrente do iPad. O único, na verdade, que teria categoria para desafiar o tablet dos tablets.  Mas será que ele é mesmo tudo isso?

Ultra compacto, bem acabado, muito amigável, o Galaxy Tab dá imediatamente um show de recursos.  Faz tudo o que o iPad não faz: telefona, tira foto, grava vídeo, roda Flash - e, de quebra, funciona como TV portátil, sob medida para o excêntrico padrão brasileiro de televisão digital.  Canais como Globo, SBT, Cultura e Record pegam muito bem no aparelhinho.

A questão é: isso basta para vencer o iPad, com a sensacional experiência de uso que ele oferece?  A lista de qualidades do Galaxy Tab é enorme, e não se esgota na montanha de recursos que a Samsung colocou nele. Outras qualidades começam pelo Android, o sistema operacional do Google para celulares, uma plataforma ascendente que tende a se tornar a mais vendida do mundo a médio prazo, e tem cada vez mais aplicativos.   E o Galaxy Tab não traz qualquer Android: é o Froyo, a versão 2.2, a mais recente do sistema. Fabricantes de celulares de respeito, como a Sony Ericsson, ainda vendem a versão 1.6 no Brasil.

O Galaxy Tab conquista também pela tela capacitiva ultra sensível ao toque, que torna a movimentação no tablet algo que dispensa o mínimo esforço. Nunca é preciso clicar duas vezes no mesmo lugar para ir para outro.  Um levíssimo toque e o assunto está encerrado. Quem já penou com telas resistivas de celulares saberá valorizar essa característica.   A interface do tablet  é ultra simples e intuitiva, sem qualquer complicacão.  Mesmo quem nunca usou Android não terá dificuldades em se adaptar ao Galaxy.

Os problemas começam - e talvez terminem - na tela pequena do aparelho, de apenas 7 polegadas. Nesse espaço a navegação de sites e de aplicativos fica muito limitada - e, em vez de melhorar, como acontece no iPad, piora.  O tamanho, 7 polegadas,  é exatamente o mesmo dos primeiros netbooks, feitos pela Asus, que eram muito cansativos pela tela reduzida.  Com esse obstáculo do espaço comprimido, muitos aplicativos do Galaxy Tab optam pelo despojamento radical, ficando muito parecidos com os de celulares.  O resultado, no geral, acaba sendo prático. Mas raramente chega a deslumbrar, como é comum no iPad.

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