EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 15 de dezembro de 2014 às 15h42.
São Paulo - Líder na venda de computadores no Brasil há 10 anos, a Positivo atribui seu sucesso a três fatores: projetos bem-feitos, componentes de qualidade e uma equipe competente.
Em entrevista a EXAME.com, o presidente da empresa Hélio Bruck Rotenberg falou sobre esse e outros assuntos - como as preferências do consumidor brasileiro na hora de comprar gadgets. A seguir, leia os principais tópicos da entrevista.
EXAME.com - Como a Positivo faz para ter preços competitivos sem perder qualidade dos produtos?
Hélio Rotenberg - Somos a empresa com menos reclamações por volume de vendas no Reclame Aqui. Apesar de trabalharmos com preços baixos, não somos os mais baratos do mercado. Para manter o preço competitivo sem perder qualidade, investimos em projetos bem-feitos e componentes de qualidade. Tudo isso sem falar na nossa equipe, que é muito competente.
EXAME.com - O que o brasileiro procura quando vai comprar um computador?
Hélio Rotenberg - Basicamente, é uma questão de preço e performance. Quando se trata do primeiro computador, o preço é uma questão muito importante - assim como a parte estética. As pessoas querem ter um produto bonito. Ninguém compra mais toletão. A performance também está ligada ao preço. Quem pode, paga para ter um processador Core i. Quem não pode, se contenta com Celeron.
EXAME.com - E o que pesa para a maioria das pessoas na hora de comprar um tablet?
Hélio Rotenberg - Curiosamente, os tablets que custam menos de 300 reais representam hoje 80% das vendas nesse segmento. O tablet é visto como uma coisa quase que descartável, já que esses produtos muito baratos não duram muito tempo. É um mercado onde o preço ainda é o mais importante. Depois, vem a questão da tela, se tem tv ou não... Tablets 3G, por exemplo, vendem muito pouco.
EXAME.com - Como os brasileiros estão escolhendo smartphones?
Hélio Rotenberg - A estética é um fator muito importante na venda de celulares. Outra coisa importantíssima são as câmeras. Tanto a traseira quanto a frontal, já que vivemos essa moda do selfie. Smartphones com telas maiores são mais valorizados. Na verdade, hoje é muito mais smart do que fone, já que telefonar não é mais a principal função desses aparelhos.
EXAME.com - A Positivo pensa em entrar no mercado de wearables?
Hélio Rotenberg - Hoje, a demanda por esse tipo de produto no país ainda é pequena. Porém, ela vem crescendo. Não sei se já é a hora de entrarmos nesse mercado. Mas temos pesquisas relacionadas a ele sim.
EXAME.com - Quais são as expectativas da Positivo para 2015?
Hélio Rotenberg - Ganhamos uma licitação em Ruanda e devemos inaugurar uma fábrica por lá até março. Temos negócios na Argentina e no Uruguai também, mas Ruanda é nossa prioridade no momento. Estamos muito felizes, porque a empresa tem 25 anos e passou 10 deles sendo na líder na venda de PCs no Brasil. A Positivo pode se orgulhar de ser uma das poucas empresas dessa área que é líder de vendas no seu próprio país.
(Texto corrigido às 10h50 de 15/12/2014)