10 apps que vão esvaziar seu bolso
Não só de pechinchas vivem os apps. Apesar de haver limite de preço nas lojas virtuais, existem aplicativos muito caros à venda nelas. Veja dez deles
Da Redação
Publicado em 30 de agosto de 2013 às 10h53.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h29.
São Paulo - As lojas de aplicativos são dominadas por programas gratuitos ou baratos. No caso da App Store, do iOS, por exemplo, a média de preço entre os mais de 800 mil aplicativos é de 1,38 dólar (pouco mais de 3,20 reais, na cotação atual). E, do total de aplicações ativas (que ainda são atualizadas), uma parcela de 58,6% delas é gratuita, de acordo com o banco de dados do site 148apps. No Android, o número é ainda maior, e os apps gratuitos já representavam 90% dos downloads feitos em 2012. Mas não só de pechinchas vivem a App Store, a Play Store e a Windows Phone Store. Apesar de haver um limite de preço nas três lojas virtuais (US$ 999,99 na da Apple, R$ 400 na do Google e R$ 978,49 na da Microsoft), existem aplicativos muito caros à venda em todas elas. Claro, alguns deles servem para a pura e simples “ostentação”, como era o caso do clássico I Am Rich, do iOS. Mas alguns deles têm lá sua utilidade. Listamos dez desses apps caríssimos, úteis e inúteis, que servem apenas como um exemplo de como programas podem furar seu bolso. Veja mais sobre eles a seguir.
O primeiro aplicativo da lista não é novo, mas não deixa nunca de surpreender. Descrito como o “App dos Milionários”, o iVip Black custa 999,99 dólares e exige que o usuário confirme que tem pelo menos 1 milhão de libras na conta bancária. Convertido, o valor chega a mais de 3,6 milhões de reais. Caso atenda o requisito, você poderá desfrutar de todos os benefícios de ser um membro da iVIP. A empresa de luxo garante tratamento VIP em diversos estabelecimentos e serviços parceiros espalhados pelo mundo, acesso prioritário em “eventos e experiências únicos”, convites para festas exclusivas, o direito de ter um iPhone exclusivo, entre outros benefícios. Aliás, há versões mais baratas do aplicativo, marcadas com as cores Blue e Red ou com nomes de cidades. As coloridas servem apenas para dar um “gostinho” do tratamento VIP proporcionado pelo app original, enquanto as de cidades limitam os luxos a determinadas regiões
Feitos para Android e custando 400 reais, estes dois aplicativos se classificam como “conceitos”. Os criadores do Most Expensive App e do The Most Expensive App of all são sinceros, e deixam claro já no screenshot da Play Store que ambos os apps não têm nenhuma utilidade. Além disso, afirmam que provavelmente um usuário jamais verá a tela deles no próprio smartphone, justamente porque os dois são muito caros.
Bem mais útil que os dois anteriores, o Agro, para iOS, custa os mesmos 999,99 dólares do iVip, mas deve ser uma boa ferramenta para agrônomos. No app, o profissional armazena detalhes dos clientes, dados de químicos usados nas plantações, produtos cultivados e pragas que atingiram as propriedades. Os relatórios de cada visita aos locais podem ser feitos no próprio Agro, o que poupa bastante tempo dos profissionais, que não precisam voltar ao computador só para isso. O aplicativo tem a interface personalizável e ainda conta com uma versão gratuita, para que o usuário ao menos saiba do que se trata a ferramenta antes de investir tanto dinheiro.
O TouchChat HD, para iOS, é caro, mas tem uma proposta bastante nobre: servir como um meio de comunicação para pessoas com dificuldades de “usar a própria voz”, como os próprios desenvolvedores descrevem. Com uma interface colorida, o aplicativo reproduz falas a partir de toques em cada um dos comandos. São páginas e páginas customizáveis, com botões que servem para emitir perguntas, afirmações, pedidos e mais. Os grandes problemas do aplicativo são o preço, que passa dos 600 reais, e o fato de ele ser compatível apenas com o iPad – para tê-lo no iPhone, é preciso adquirir outro TouchChat feito especialmente para o smartphone. Há uma versão mais barata do app, no entanto, que custa 10 dólares e serve para quem quiser testá-lo.
Não dá para saber o que os desenvolvedores da “poderosa” CalcHex para Windows Phone tinham em mente para colocá-la à venda por 978,49 reais. O app nada mais é do que um conversor, que transforma números decimais em binários, octais e hexadecimais. Ele pode ser usado por desenvolvedores e estudantes, como a própria descrição afirma. Mas provavelmente poucas pessoas que compõem o público-alvo terão dinheiro (ou coragem) para comprar o aplicativo.
Voltado para médicos, o pesado Zollinger’s Atlas of Surgery é, como o nome sugere, um verdadeiro atlas de cirurgia. Por “meros” 400 reais, o usuário tem acesso a praticamente todo o conteúdo da nona edição da tradicional Zollinger’s Atlas of Surgical Operations na tela do smartphone ou tablet Android. São mais de 1.600 imagens coloridas que ilustram partes do corpo e operações, e não é necessária conexão com a internet para conferir todo o material – o conteúdo é baixado com o app. O aplicativo é caro e todo em inglês, mas pode ser de grande ajuda para quem precisa lidar com isso constantemente e não quer carregar um livro gigante - e igualmente caro - para todos os lados.
Também bem específico, o XA1, para iOS, deve ajudar bastante profissionais que lidam com música. O aplicativo, de 180 dólares e apenas 0,7 MB, serve como um analisador de espectro musical, dando uma referência visual em tempo real para o som tocado. Isso significa que, na hora de colocar uma gravação para rodar, você terá na tela do iPhone uma leitura precisa da música, que ajudará a corrigir possíveis problemas. O preço é alto, mas, se levarmos em conta que ferramentas do gênero passam facilmente dos 1.000 reais, o app passa a ser uma boa alternativa.
Uma boa pedida para investidores – se não custasse 1.000 dólares, claro –, o AlphaTrader, para iOS, é uma suíte completa de economia. O aplicativo traz variações de preços de ações em tempo real, alertas de valorização e desvalorização, indicadores de risco e muito mais. Uma pena ele não cobrir o mercado brasileiro, focando apenas no norte-americano, no britânico, no francês, no alemão e em alguns outros poucos.
Solteiros e solteiras ricos encontram no DateSquare for Elite, para Windows Phone, uma forma de achar o parceiro ou parceira ideal. O segregador aplicativo de encontros, que custa “apenas” 978,49 reais (o preço máximo da Windows Phone Store), traz nos resultados apenas pessoas da “elite” – ou seja, que podem pagar pelo próprio app. Nele, dá para conferir o perfil de cada usuário, enviar mensagens para quem interessar e até marcar o encontro em locais sugeridos. Um ponto interessante é que o DateSquare conta com outras versões para pessoas menos afortunadas, ou seja, edições gratuitas. Uma delas se conecta ao Facebook, enquanto a outra funciona como uma “rede social” própria.
Assim como a CalcHex, o Live Clock Pro é outro aplicativo que tem o preço absurdamente alto para o que oferece. Por 400 reais, o usuário que encarar a compra terá em seu Android um incrível e poderoso relógio personalizável. São diferentes interfaces para você escolher e deixar no fundo de tela do smartphone. E como se mostrar as horas não fosse suficiente, o aplicativo ainda promete ajudar a economizar bateria.