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Publicado em 19 de setembro de 2024 às 09h21.
Última atualização em 19 de setembro de 2024 às 09h26.
Em setembro, nosso planeta terá a companhia de uma "segunda lua", o asteroide 2024 PT5, que vai orbitar a Terra por algumas semanas, comportando-se como um satélite temporário. O fenômeno foi identificado por pesquisadores e descrito em um artigo publicado recentemente no periódico The Research Notes of the AAS.
De acordo com o estudo, o 2024 PT5 pertence ao cinturão de asteroides Arjuna e sua aproximação à Terra é consequência de perturbações gravitacionais provocadas pelo Sol.
Quando esses corpos celestes chegam a uma distância de aproximadamente 4,5 milhões de quilômetros e se movem a velocidades reduzidas — cerca de 3.500 km/h —, podem ser capturados pela gravidade terrestre, tornando-se temporariamente "mini-luas".
Diferente de nossa Lua, que está em órbita há bilhões de anos, o asteroide 2024 PT5 permanecerá próximo da Terra por apenas dois meses antes de retornar ao cinturão de asteroides, sem completar uma volta completa em torno do planeta.
Esses eventos, apelidados de mini-luas, costumam durar pouco tempo, geralmente menos de uma órbita completa, como é o caso do 2024 PT5. Por outro lado, em casos raros, algumas mini-luas podem acompanhar a Terra por mais de um ano.
Durante o período em que o asteroide 2024 PT5 orbitar a Terra, ele não será visível para a maioria das pessoas que observam o céu noturno.
Em entrevista ao site Space.com, Carlos de la Fuente Marcos, professor da Universidade Complutense de Madrid e um dos autores do estudo, afirmou que o asteroide é pequeno demais para ser detectado por observadores amadores.
“O asteroide é muito pequeno e escuro para ser visto com telescópios ou binóculos amadores. Contudo, ele está dentro da faixa de brilho acessível aos telescópios utilizados por astrônomos profissionais”, explicou.
De acordo com o cientista, é necessário um telescópio com pelo menos 30 polegadas de diâmetro, além de um detector CCD ou CMOS, para capturar o asteroide. “Um telescópio de 30 polegadas, mesmo com a melhor visão humana, não seria suficiente para observá-lo”, detalhou.