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Para 'pai' do ChatGPT, criar bebês é impossível sem IA

Em entrevista a Jimmy Fallon, Sam Altman revelou que recorre ao chatbot para lidar com dúvidas da paternidade

Sam Altman: bilionários da tecnologia diz que buscou respostas no ChatGPT para situações cotidianas do bebê (Sebastian Gollnow/picture alliance/Getty Images)

Sam Altman: bilionários da tecnologia diz que buscou respostas no ChatGPT para situações cotidianas do bebê (Sebastian Gollnow/picture alliance/Getty Images)

Publicado em 12 de dezembro de 2025 às 13h28.

O CEO da OpenAI, Sam Altman, afirmou que criar um bebê sem recorrer ao ChatGPT se tornou impossível. A declaração foi feita durante entrevista ao apresentador Jimmy Fallon, no The Tonight Show, quando o executivo comentou situações do dia a dia em que utilizou o chatbot para esclarecer dúvidas sobre o comportamento do filho.

Durante o bate-papo, Altman citou exemplos em que consultou a ferramenta para entender hábitos do bebê ou checar expectativas de desenvolvimento.

Em um desses episódios, contou ter se afastado de uma evento social e buscado privacidade no banheiro para perguntar ao ChatGPT se era normal que uma criança de seis meses ainda não conseguisse andar.

O bilionário e o marido, Oliver Mulherin, se tornaram pais de um menino. O bebê nasceu prematuro em fevereiro de 2025.

Debate sobre dependência de IA em cuidados infantis

As falas de Altman reabriram discussões sobre o uso de sistemas de inteligência artificial em decisões ligadas à criação de crianças.

Segundo o site Futurism, pesquisadores alertam que modelos de linguagem, como o ChatGPT, podem apresentar informações imprecisas, sobretudo em temas de saúde.

Um estudo publicado em 2024 por uma equipe da Universidade do Kansas apontou que pais têm dificuldade em distinguir conselhos médicos reais de conteúdos gerados por IA.

Em algumas análises, respostas da ferramenta apresentavam dados incorretos, reforçando o risco de interpretações equivocadas.

Os autores do estudo afirmam que a supervisão de especialistas é essencial para evitar que pais tomem decisões com base em orientações não verificadas.

Segundo eles, modelos amplos de linguagem não são treinados com protocolos específicos de saúde infantil e podem reproduzir vieses presentes nos dados disponíveis na internet.

Apesar das ressalvas, especialistas afirmam que cada vez mais pais recorrem a chatbots para dúvidas do dia a dia.

Entre os usos relatados estão interpretação de anotações pediátricas, entendimento de comportamentos, rotinas de sono e alimentação, além de acompanhamento de marcos de desenvolvimento.

Pesquisadores observam que o estresse de pais de recém-nascidos tende a aumentar a busca por soluções rápidas, o que amplia o apelo das ferramentas de IA. No entanto, alertam que sistemas genéricos não substituem avaliação profissional ou o conhecimento acumulado pelas famílias.

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