BBB 22: Paulo André deve seguir qual profissão depois do reality?
Destaque no atletismo recebia, antes do BBB, quatro benefícios por mês referentes à carreira como atleta
Da Redação
Publicado em 25 de abril de 2022 às 10h54.
Última atualização em 25 de abril de 2022 às 11h11.
Paulo André (também conhecido como PA) é um dos finalistas do Big Brother Brasil 22, que se encerra nesta terça-feira, 26. Durante sua trajetória no jogo, o atleta conquistou a simpatia do público, ganhando destaque em momentos como o romance com a influenciadora Jade Picon e a amizade com Pedro Scooby.
Depois de ficar conhecido em rede nacional, uma dúvida frequente nas redes sociais é: qual profissão Paulo André deve seguir depois do programa? Ainda não há uma resposta final, mas algumas opções passam a se desenhar com a fama adquirida.
Antes de entrar no BBB 22, PA, de 23 anos, já tinha uma trajetória de sucesso no atletismo, mantendo o recorde de terceiro homem mais ágil da história do país no esporte. Ele foi seminfinalista nos Jogos Olímpicos de 2020 e no Mundial de 2019 e, além disso, tem uma medalha dos Jogos Pan-Americanos de três anos atrás, em que venceu a prova dos 100 metros rasos.
Ao entrar no reality show, ele ganhava por mês: R$ 2 mil pelo Bolsa Atleta Capixaba, cerca de R$ 5 mil por uma patente na Marinha e outros dois salários: um do Bolsa Atleta Federal e outro da Confederação Brasileira de Atletismo. O benefício federal foi cortado ao entrar no reality -- uma vez que Paulo André não estaria em período de treinos ou competindo.
Em entrevista ao blog Olhar Olímpico, do UOL, a equipe do atleta afirmou que estava tratando o BBB como se fosse uma lesão, já que atletas de alto rendimento podem ficar até três meses afastados e depois consigam voltar aos treinos para a temporada. A data vem a calhar: o Mundial de Atletismo, que acontece de 15 a 24 junho, em Oregon, pode ser a primeira grande competição que PA poderá participar depois do Big Brother.
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Mas, com a fama nacional, outras possibilidades podem fazer parte do leque de opções do atleta. A mãe do filho de Paulo André, Thays Andreata, afirmou recentemente em entrevista que "a vida de atleta não é fácil no Brasil" e que o BBB foi visto como uma forma de proporcionar uma vida melhor para o bebê deles.
De olho nesse objetivo, algumas pistas já começam a se desenhar a partir da participação no reality. As cantorias dentro da casa, por exemplo, já foram elogiadas por artistas como Péricles e Di Ferrero, principalmente por causa da desenvoltura de PA e do talento musical.
“Esse cantor está surgindo. Além de grande esportista, ele canta muito. Leva muito jeito para a coisa”, afirmou Péricles ao Gshow.
Ao mesmo tempo, outra opção de carreira para Paulo André é a de influenciador. Hoje, ele conta com 7,5 milhões de seguidores (ante apenas 78 mil no início do confinamento), se tornando o nome no atletismo com o maior número de seguidores no país. Mesmo antes de entrar para o confinamento, o atleta já era patrocinado pela Nike – agora, uma trajetória natural seria chamar ainda mais a atenção de marcas.
Seria uma trajetória similar à seguida por outros atletas que ganharam notoriedade durante as Olimpíadas de Tóquio. Alguns exemplos são Rayssa Leal, que ganhou 5,8 milhões de seguidores durante o torneio, além de Rebeca Andrade, que ganhou 2,3 milhões, e Italo Ferreira, do surf, que ganhou 1,7 milhão de seguidores.
Ganhar mais notoriedade nas redes sociais pode ajudar – e muito – os atletas brasileiros de modo geral. Nos últimos Jogos Olímpicos, 42% deles não tinham nenhum tipo de patrocínio, por exemplo e 19% viviam com menos de R$ 2 mil de auxílio esportivo.
Para reverter esse cenário, em março deste ano foi colocado em análise na Câmara dos Deputados o projeto de Lei 409/22, o Plano Nacional do Desporto (PND). Os principais objetivos desse documento incluem, segundo a Agência Câmara: democratizar e universalizar o acesso ao esporte; descentralizar a gestão das políticas públicas de esporte; fomentar a prática do esporte de caráter educativo e participativo para toda a população; incentivar o desenvolvimento de talentos esportivos e aprimorar o desempenho de atletas.
O projeto ainda precisa, entretanto, de aprovação final para entrar em vigor. Até lá, manter todas as opções em jogo pode ser uma boa estratégia.
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