Com 23 anos de existência, o Fresno se consagra como única banda brasileira do GP Week (Camila Cornelsen/Divulgação)
Neste sábado, 12, a partir das 14h, o Brasil recebe a primeira edição do GP Week: um festival de música fornecido pela GP do Brasil, que acontece no final de semana de um dos maiores eventos esportivos do mundo. As bandas The Killers, Twenty One Pilots, Hot Chip, The Band Camino e Fresno foram as convidadas a se apresentar no Allianz Parque.
"É o nosso maior show, assim, que a gente vai ter esse ano, né? Porque 2022 foi um ano que a gente fez grandes shows, que não estavam sendo comuns assim na nossa história", diz Lucas Silveira, vocalista da banda Fresno, em entrevista à EXAME.
O Fresno foi a única banda brasileira que se apresentou no evento e deu início a todos os outros shows do festival. E a escolha deles não foi aleatória: ao lado de bandas que são "referência", eles marcam a "volta do emo" em um clima ao mesmo tempo nostálgico e de nova fase para o estilo musical.
"O GP Week e que é especial, porque não é um festival com muitas bandas, como é um Lollapalooza, um negócio assim. É basicamente um um show que tem bandas que são referência para gente, para o nosso público", acrescenta o cantor. "Um negócio muito saudosista, essa volta do emo está muito nostálgica, mas também tem essa cultura de uma nova fase, de trazer algo diferente".
Em 2022, o Fresno de fato encarou um reconhecimento maior. Há mais de 20 anos na ativa, a banda fará sua primeira apresentação no estádio do Allianz Parque, depois de ter passado pelo Lollapalooza, em março deste ano, e no Rock In Rio.
"O estádio tem uma simbologia muito grande. Às vezes, num festival em um céu aberto, a gente acaba tocando até para mais gente... Mas a sensação de se tocar no estádio é uma coisa que a gente fez poucas vezes na vida e que é sempre muito avassaladora", descreve Silveira.
No mês de outubro, a banda lançou o single "The rhythm of the night", em uma abordagem bastante característica do Fresno. A tendência, daqui para frente, é trazer essa nova fase do emo - sem perder a essência do grupo musical. E marcar, com responsabilidade, o rock nacional desse estilo.
"Ser a única banda brasileira desse festival é um papel que a gente desempenha com maior prazer, porque normalmente a gente estava acostumado a ver outras bandas assim tomando esse lugar. Tinha que ser a gente, sabe?", diz o artista. "E esse ano foi um ano de várias 'primeiras vezes', esse festival tem tudo a ver com a gente", finaliza Lucas.
Com a responsabilidade de abrir o GP Week, Luas enxerga que o futuro do Fresno é crescer ainda mais no cenário emo nacional. "Achar que a música ou que a carreira é um jogo, e que ele tem fim, é um erro comum que a gente vê nesse meio. Ele não tem fim, né?", questiona Silveira.
"A gente ainda tem muita coisa para fazer. A nossa banda tem 20 tantos anos, estamos muito longe ainda do auge da musicalidade. A gente foi construindo a nossa carreira passo a passo. Nós estamos buscando uma nova maneira de conversar com o público, porque agora as coisas mudaram, as pessoas não abrem mais a TV por assinatura para assistir aos nossos clipes", reflete.
Para ele, o caminho agora é buscar a fidelidade do público e entregar um novo nível de qualidade dentro do estilo emo. "A gente busca justamente a resiliência a fidelidade do público, que é o que a gente mais tem, o que a gente mais cultiva. Eu acho que estamos tendo agora é, de fato, o resultado de um somatório de muitas coisas que a gente fez para chegar até esse show", conclui Silveira.
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