COCA-COLA: a companhia apresenta resultados hoje em meio a diversos desafios a seu modelo de negócio / Justin Sullivan/Getty Images (Justin Sullivan/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 9 de fevereiro de 2017 às 05h47.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h47.
A fabricante de bebidas Coca-Cola tem a terceira marca mais valiosa do mundo – atrás de Apple e Google -, mas vem enfrentando questionamentos cada vez maiores referentes ao seu modelo de negócios. A multinacional apresenta hoje seus resultados e deve mostrar uma queda de quase 10% da receita do último trimestre do ano, de 10,01 bilhões de dólares para 9,14 bilhões. A receita vem caindo nos últimos quatro anos. O lucro no período deve ser de 1,6 bilhão de dólares.
Mudanças de comportamento da população mundial vêm afetando o consumo de refrigerantes, que geram a maior parte da receita. Os investimentos em outros tipos de bebida são um alento. Chás, cafés, água e sucos cresceram 3% no último trimestre e devem continuar a trajetória ascendente neste. O novo presidente, James Quincey, que assume em primeiro de maio, deve manter os investimentos em produtos mais saudáveis. No Brasil, por exemplo, 30% dos 141 produtos vendidos reduziram seus níveis de açúcar.
A empresa também passa por uma reestruturação na sua estratégia distribuição em todo o mundo. Recentemente, a mexicana Femsa – maior engarrafador de Coca no mundo – comprou as operações da Vonpar, responsável pela bebida no sul do Brasil, por 3,5 bilhões de reais. Na África, a Coca deve comprar as engarrafadoras que eram de propriedade da SAB Miller, depois que a cervejaria foi adquirida pela AB InBev em uma transação complexa, já que em muitos dos países a empresa terá que construir novas fábricas. A Índia também deve ter mudanças nesse setor ao longo do ano. Entre mudanças nos produtos e na estratégia, a Coca-Cola faz o que pode para se manter entre as marcas mais valiosas do planeta.