Exame Logo

Rumo aos US$ 200 bilhões: Elon Musk ganhou mais de US$ 40 bilhões nos primeiros 40 dias do ano

Os papéis da montadora abriram o ano com o valor de US$ 108,10 e estavam sendo negociadas a US$ 196,30 no fim dessa sexta-feira, 10, valorização superior a 80%

No último dia de dezembro, Musk contabilizava um patrimônio de US$ 147 bilhões, de acordo com dados da Forbes (AFP/AFP)
MB

Marcos Bonfim

Publicado em 11 de fevereiro de 2023 às 09h09.

Última atualização em 11 de fevereiro de 2023 às 16h37.

Todo mundo espera que a virada de ano traga muitas coisas boas. E para Elon Musk, parece que funcionou. O bilionário, fundador da Tesla e da SpaceX, terminou o ano passado com os vários indicadores negativos.

Ele caiu do posto de homem mais rico do mundo, se tornou a primeira pessoa do mundo a perder mais de US$ 200 bilhões e viu as ações da Tesla, a origem da maior parte da sua fortuna, despencarem 65% ao longo do 2022.

Veja também

As polêmicas em torno da compra do Twitter alimentaram a crise no patrimônio e no valor das ações da montadora. No último dia de dezembro, contabilizava um patrimônio de US$ 147 bilhões, de acordo com dados da Forbes.

Desde a virada ao ano, o cenário mudou. Em poucos mais de 40 dias, a fortuna já está próxima de voltar a superar os US$ 200 bilhões, cifra alcançada por apenas três pessoas no mundo: Jeff Bezos, da Amazon e da Blue Origin, o próprio Musk e Bernard Arnault,dono do conglomerado de luxo LVMH responsável por marcas como Dior, Tiffany & Co. e Louis Vuitton.

O patamar colocará o americano ao lado do francês Bernard Arnault, o atual homem mais rico do planeta, como as únicas duas pessoas no mundo a ter duas centenas de bilhões.

Os motivos, mais uma vez, estão relacionados em grande parte com a Tesla. Os papéis da montadora abriram o ano com o valor de US$ 108,10 e estavam sendo negociadas a US$ 196,30 no fim dessa sexta-feira, 10, valorização superior a 80%.

Por que as ações da Tesla estão subindo tanto

Logo no começo do ano, a montadora informou um recorde de vendas, tendo entregue mais de 1,31 milhão de veículos elétricos em 2022.

O número, apesar de abaixo das expectativas, serviu para mostrar que as medidas adotadas nos últimos meses de 2022 de reduzir os preços de alguns modelos de automóveis na China, o segundo maior mercado da fabricante, surtiram efeito e aceleraram a demanda.

Em meados de janeiro, a Tesla ampliou a iniciativa para os mercados americanos e europeus.

Além disso, as falas otimistas de Musk na apresentação de resultados da companhia, em 26 de janeiro, deram novo ânimo aos investidores.

“Até agora, em janeiro, vimos os pedidos mais fortes do que nunca em nossa história. Atualmente, estamos vendo pedidos de quase o dobro da taxa de produção”, disse.

O bilionário ainda projetou que a montadora tem capacidade de produzir 2 milhões de veículos em 2023, a depender da cadeia de fornecimento.

Como Elon Musk construiu a sua fortuna

O bilionário começou a ganhar os seus primeiros milhões no século passado. Na década de 1990, vendeu a sua primeira empresa, a Zip2, por valor superior a US$ 300 milhões. Na sequência, lançou         o sistema de pagamento online X.com que mais tarde se tornaria o PayPal. Em 2022, vendeu a plataforma para o eBay por US$ 1,5 bilhão.

No mesmo ano, pegou US$ 100 milhões da sua fortuna para criar a SpaceX, com a qual quer reduzir os custos da viagem espacial. A Tesla, a principal entre as suas companhias atualmente, nasceu um ano depois, em 2003.

Outra empresa relevante no portfolio do executivo é a The Boring Company, criada em 2016. Ela desenvolve tecnologia de túneis com a estratégia de que esses espaços serão usados no futuro para viabilizar viagens mais rápidas de carros elétricos, como os da Tesla. Recentemente, a companhia levantou US$ 675 milhões, com um valuation de US$ 5,7 bilhões.

Leia também:

Acompanhe tudo sobre:Bilionárioselon-muskTesla

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Negócios

Mais na Exame