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Quem é o multimilionário de 45 anos que quer voltar aos 18

As ações para levar o plano adiante têm um custo médio de 2 milhões de dólares

O executivo fundou a Braintree, sistema de pagamentos vendido ao PayPal por 800 milhões de dólares em 2013 (Blueprint/Divulgação)
Marcos Bonfim

Repórter de Negócios

Publicado em 15 de fevereiro de 2023 às 13h19.

A busca pelo rejuvenescimento – e pela eternidade - é um dilema constante da humanidade. De tempos em tempos, uma inovação e muitas polêmicas. A mais recente é do multimilionário americano Bryan Johnson.

Fundador do sistema de pagamentos Braintree , vendido ao PayPal por 800 milhões de dólares em 2013, o executivo, hoje com 45 anos, começou uma jornada há dois anos para rejuvenescer e voltar a ter o corpo de quando tinha 18 anos.

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Para o projeto chamado de Blueprint, o milionário conta com um time de 30 profissionais entre médicos e cientistas. O grupo é liderado por Oliver Zolman, especialista em medicina genética que se comprometeu com a busca pela reversão etária.

O processo envolve não apenas a questão estética, e sim todo o corpo humano, incluindo o cérebro, coração, pulmões, fígado, rins, tendões, dentes, pele, cabelo e bexiga.

Johnson tem investido milhões na iniciativa. Por ano, as ações para levar o plano adiante têm um custo médio de 2 milhões de dólares.

Entre os resultados obtidos até agora segundo a realização de diversos exames e testes, Johnson tem o coração de um homem de 37, a pele de alguém com 28 e a capacidade respiratória e aptidão física de uma pessoa de 18.

Os dados são apresentados no site do projeto, https://blueprint.bryanjohnson.co/. Segundo o executivo, a ideia é que o experimento científico seja público e possa beneficiar outras pessoas.

Lá estão informações sobre alimentação, exercícios físicos e dados sobre a infinidade de exames e testes a que Johnson se submete para checar as condições de todos os órgãos.

Com os avanços do projeto, o executivo afirma que envelhece atualmente 277 dos 365 dias no ano. Ao longo do tempo, a ideia é zerar esse processo de envelhecimento e se manter biologicamente igual todos os dias do ano.

Como funciona o projeto de Bryan Johnson

Johnson é do clube das 5 horas da manhã. De acordo com a Bloomberg, logo cedo toma 24 comprimidos de suplementos e remédios.

Na sequência, o carotenoíde licopeno para a saúde das artérias e da pele; metformina para o intestinais; açafrão, pimenta preta e gengibre para reduzir a inflamação; zinco para complementar sua dieta vegana e ainda uma microdose de lítio para o cérebro.

A ingestão é seguida por um treino de uma hora, distribuído entre 25 exercícios físicos. O suco verde, item que não pode faltar no check da lista do mundo fitness, vem depois.

Ao longo do dia, ele mantém uma rotina de alimentação saudável, com pratos adaptados de acordo com os resultados dos exames. Entre eles, ressonâncias magnéticas, colonoscopias, ultrassons, testes cognitivos e outros protocolos mais avançados e feitos apenas em institutos de pesquisa.

Como tudo começou

Excêntrica para alguns, loucura para outros, a busca de Johnson pela reversão do envelhecimento começou quando ainda tinha a Braintree.

O sucesso da plataforma, as longas jornadas de trabalho e o stress o consumiram. Deprimido, o executivo conta que após o fim do expediente colocava na alimentação todas as suas frustrações.

Após a venda da startup, começou a se debruçar em estudos de biologia e ciência para entender e lidar com os problemas que enfrentou.

Em 2014, criou o OS Fund, um fundo para investir em descobertas genômicas, biologia sintética e diagnósticos, com aporte de capital próprio no valor de 100 milhões de dólares.

Em 2016, um novo empreendimento na área, a Kernel, uma empresa que fabrica capacetes para a análise da atividade cerebral. A startup usa as informações para construir um banco de dados do cérebro e, entre as pesquisas atuais, tem procurado quantificar os impactos da meditação e de alucinógenos na diminuição de dores crônicas.

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