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Presidente da Philips tira divisão de TVs da tomada

A companhia vai vender 70% de sua deficitária área de televisores para a fabricante de monitores TPV

O grupo holandês, que já foi líder global em televisores, vem enfrentando dificuldades para concorrer com rivais asiáticos de menor custo (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de abril de 2011 às 11h46.

Amsterdã - A Philips vai cindir sua divisão de televisores, na primeira medida do novo presidente-executivo, Frans van Houten, para impulsionar os resultados em queda da maior fabricante europeia de bens eletrônicos de consumo.

A Philips vai vender 70 por cento de sua deficitária divisão de televisores para a fabricante de monitores TPV, de Hong Kong. A empresa manterá uma participação de 30 por cento no negócio, criando uma joint-venture com a companhia asiática, mas tem a opção de vender essa participação no futuro. O grupo holandês, que já foi líder global em televisores, vem enfrentando dificuldades para concorrer com rivais asiáticos de menor custo tais como Samsung e LG Electronics.

Van Houten, especialista em reestruturação empresarial que assumiu como presidente-executivo este mês, declarou na segunda-feira que está avaliando a lucratividade das cerca de 400 áreas de negócios da Philips e que "vai tirar o cobertor" das unidades problemáticas, o que indica que outras áreas podem ser fechadas ou vendidas.

"Ainda não estamos com o motor funcionando bem. Há muito potencial inexplorado, na Philips", disse Van Houten à Reuters Insider.

As ações da Philips abriram queda devido à notícia, mas depois se recuperaram em meio a uma ligeira queda do mercado.

As transações com as ações da TPV foram suspensas a pedido da companhia, na segunda-feira.

A Philips não revelou o valor da transação, e disse que receberia pagamentos da TPV apenas posteriormente. Os 3,6 mil funcionários de sua divisão de televisores serão transferidos à companhia de Hong Kong.

A TPV, que detém cerca de 33 por cento do mercado mundial de monitores para computadores, registrou alta de quase 20 por cento no seu lucro, em 2010.


"É uma notícia muito positiva", disse Sjoerd Ummels, analista do ING, sobre o acordo, acrescentando que "ficou claro que (Van Houten) vai resolver o problema das divisões retardatárias."

Entre elas pode estar a de multimídia e equipamento audiovisual, que a Philips declarou pode ser fundida à sua unidade de estilo de vida e entretenimento, em Hong Kong.

O executivo afirmou que vai apresentar um novo plano estratégico para o grupo no segundo semestre do ano.

Em três semanas no cargo, Van Houten abandonou meta de seu predecessor de aumento de dois pontos percentuais na receita anual acima do crescimento do PIB global entre 2011 e 2015. Ele citou que o desinvestimento em TVs e o impacto do terremoto no Japão, que interrompeu a rede de fornecimento de componentes para as áreas de saúde e iluminação.

A TPV tem cerca de 33 por cento do mercado mundial de monitores para computadores e teve um aumento de quase 20 por cento no lucro em 2010.

A Philips mostrou seu primeiro aparelho de televisão na Holanda em 1928, mas a atual unidade de televisores da companhia representa menos de 10 por cento das vendas do grupo holandês. A empresa deixou de ser líder global no setor e enfrentou uma série de prejuízos de quase um bilhão de euros desde o começo de 2007.

A Philips também divulgou nesta segunda-feira que seu lucro líquido no primeiro trimestre caiu 31 por cento, para 138 milhões de euros, ficando abaixo de expectativa média do mercado, de ganho de 161 milhões, segundo pesquisa da Reuters.

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Amsterdã - A Philips vai cindir sua divisão de televisores, na primeira medida do novo presidente-executivo, Frans van Houten, para impulsionar os resultados em queda da maior fabricante europeia de bens eletrônicos de consumo.

A Philips vai vender 70 por cento de sua deficitária divisão de televisores para a fabricante de monitores TPV, de Hong Kong. A empresa manterá uma participação de 30 por cento no negócio, criando uma joint-venture com a companhia asiática, mas tem a opção de vender essa participação no futuro. O grupo holandês, que já foi líder global em televisores, vem enfrentando dificuldades para concorrer com rivais asiáticos de menor custo tais como Samsung e LG Electronics.

Van Houten, especialista em reestruturação empresarial que assumiu como presidente-executivo este mês, declarou na segunda-feira que está avaliando a lucratividade das cerca de 400 áreas de negócios da Philips e que "vai tirar o cobertor" das unidades problemáticas, o que indica que outras áreas podem ser fechadas ou vendidas.

"Ainda não estamos com o motor funcionando bem. Há muito potencial inexplorado, na Philips", disse Van Houten à Reuters Insider.

As ações da Philips abriram queda devido à notícia, mas depois se recuperaram em meio a uma ligeira queda do mercado.

As transações com as ações da TPV foram suspensas a pedido da companhia, na segunda-feira.

A Philips não revelou o valor da transação, e disse que receberia pagamentos da TPV apenas posteriormente. Os 3,6 mil funcionários de sua divisão de televisores serão transferidos à companhia de Hong Kong.

A TPV, que detém cerca de 33 por cento do mercado mundial de monitores para computadores, registrou alta de quase 20 por cento no seu lucro, em 2010.


"É uma notícia muito positiva", disse Sjoerd Ummels, analista do ING, sobre o acordo, acrescentando que "ficou claro que (Van Houten) vai resolver o problema das divisões retardatárias."

Entre elas pode estar a de multimídia e equipamento audiovisual, que a Philips declarou pode ser fundida à sua unidade de estilo de vida e entretenimento, em Hong Kong.

O executivo afirmou que vai apresentar um novo plano estratégico para o grupo no segundo semestre do ano.

Em três semanas no cargo, Van Houten abandonou meta de seu predecessor de aumento de dois pontos percentuais na receita anual acima do crescimento do PIB global entre 2011 e 2015. Ele citou que o desinvestimento em TVs e o impacto do terremoto no Japão, que interrompeu a rede de fornecimento de componentes para as áreas de saúde e iluminação.

A TPV tem cerca de 33 por cento do mercado mundial de monitores para computadores e teve um aumento de quase 20 por cento no lucro em 2010.

A Philips mostrou seu primeiro aparelho de televisão na Holanda em 1928, mas a atual unidade de televisores da companhia representa menos de 10 por cento das vendas do grupo holandês. A empresa deixou de ser líder global no setor e enfrentou uma série de prejuízos de quase um bilhão de euros desde o começo de 2007.

A Philips também divulgou nesta segunda-feira que seu lucro líquido no primeiro trimestre caiu 31 por cento, para 138 milhões de euros, ficando abaixo de expectativa média do mercado, de ganho de 161 milhões, segundo pesquisa da Reuters.

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