Redação Exame
Publicado em 28 de abril de 2024 às 12h44.
Última atualização em 29 de abril de 2024 às 18h55.
Neste domingo, 28, o bilionário Elon Musk desembarcou na China, marcando sua segunda viagem em menos de um ano ao maior mercado de veículos elétricos do mundo.
A visita, realizada a convite do Conselho da China para a Promoção do Comércio Internacional, acontece em meio a uma intensa disputa de preços no setor de carros elétricos — e coincidindo com o Salão do Automóvel de Pequim.
Apesar de ser considerado uma figura polêmica, Musk é bastante admirado na China. Por lá, seus veículos da Tesla ganham cada vez mais popularidade entre a classe média.
Na rede social X, antigo Twitter, Musk postou uma foto ao lado do primeiro-ministro chinês, Li Qiang, refletindo sobre seu relacionamento desde os primeiros dias da Tesla em Xangai.
Segundo a AFP, Musk também já teve conversas com Ren Hongbin, diretor do Conselho Chinês para a Promoção do Comércio Internacional, além de outros importantes líderes comerciais.
Musk precisará de aval de advogado para publicar sobre Tesla no XEssa nova visita a Pequim reflete uma mudança no tom de Musk em relação aos fabricantes de automóveis chineses. Após críticas iniciais, em 2024 ele reconheceu que elas são "as mais competitivas do mundo".
A chinesa BYD tomou o lugar da Tesla como maior vendedora de carros elétricos do mundo no final de 2023, mas já foi ultrapassada pela americana no início de 2024. A empresa compete diretamente com Tesla e Jeep.
Ao mesmo tempo, a Tesla relatou uma queda de 9% na receita do primeiro trimestre na comparação anualizada - US$ 21,3 bilhões -, pior do que as estimativas dos analistas, que esperavam algo em torno de US$ 22,3 bilhões.
As ações, porém, saltaram 13% ao longo das negociações da terça-feira depois que Elon Musk disse que a montadora poderia começar a fabricar modelos elétricos mais baratos já em 2025, antes que o esperado. Musk já havia dito que tinha abandonado essa ideia.
Com esta visita surpresa, Elon Musk não só reforça as relações comerciais com a China, mas também se posiciona estrategicamente no epicentro das dinâmicas globais do mercado de veículos elétricos, em uma era marcada pela intensa concorrência e inovação.
Segundo informações do Wall Street Journal, a gigante chinesa está considerando expandir suas fábricas para o México, em um movimento que pode aumentar os investimentos e a influência da China na América Latina.
Ainda neste ano, deve ser lançada no Brasil a primeira picape híbrida da BYD, pensada, em âmbito nacional, para concorrer com a Toyota Hilux.
(Com AFP)