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Novo CEO da Petrobras diz que buscará maior integração com a sociedade

Ele tomou posse em cerimônia na tarde desta quinta-feira em evento transmitido pela internet. A melhoria na comunicação da estatal foi uma das queixas apontadas pelo presidente Jair Bolsonaro

O novo presidente da Petrobras, José Mauro Ferreira Coelho, discursa na cerimônia de posse (André Ribeiro/ Agência Petrobras/Divulgação)
AO

Agência O Globo

Publicado em 14 de abril de 2022 às 19h15.

O novo presidente da Petrobras , José Mauro Ferreira Coelho , disse que a estatal vai continuar investindo no pré-sal e seguir com a venda de ativos, como as refinarias. Afirmou ainda que vai buscar melhorar a comunicação externa da companhia.

"Farei uma gestão com todas essas questões internas da companhia, uma gestão que valorizará o aperfeiçoamento da comunicação. Principalmente o aperfeiçoamento da comunicação externa. Buscaremos maior interação com a sociedade. Temos que entender a importância que essa empresa tem para o brasileiro. Muitas vezes não conseguimos ter uma comunicação que chegue de forma palatável ao povo brasileiro. (Vamos buscar) uma maior interação com o Congresso", disse.

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Ele tomou posse em cerimônia na tarde desta quinta-feira em evento transmitido pela internet. A melhoria na comunicação da estatal foi uma das queixas apontadas pelo presidente Jair Bolsonaro.

José Mauro destacou ainda que a empresa vai buscar cada vez mais uma maior eficiência nos negócios de forma a trazer mais retorno para a sociedade através do pagamento de tributos e distribuição de royalties. Lembrou que a empresa não vai esquecer dos planos sociais da companhia.

Durante seu discurso, ele disse que vai seguir com o plano de negócios estabelecido pela companhia para os próximos anos. Destacou que a empresa vai aumentar a produção em 500 mil barris por dia nos próximos anos. Lembrou que o foco é seguir ampliando os investimentos no pré-sal.

"Vamos trabalhar com aderência ao nosso plano de negócios, maximizando o valor do portfólio com foco em ativos em águas ultraprofundas e focar no pré-sal. Os desinvestimentos em ativos maduros vão continuar, mas a Bacia de Campos continua sendo prioridade. Vamos investir em áreas de novas fronteiras, como a bacia de Sergipe-Alagoas".

O novo presidente da Petrobras lembrou que vai continuar a venda de ativos para buscar maior concorrência no país. Citou a venda de ativos de gás e de refino:

"O objetivo é ficar com ativos do refino que estejam próximos ao mercado consumidor. Temos o intuito de dar continuidade na concorrência no refino. Seguimos comprometidos com a venda de refino".

Ao ressaltar a importância da continuidade da venda das refinarias, José Mauro lembrou que o Brasil é ainda importador de combustíveis, o que impõe desafios para a garantia do abastecimento no Brasil.

Classificou a Petrobras como uma "extraordinária empresa". Emocionado, disse que tem orgulho de ingressar na companhia. Lembrou que em 2014 a dívida bruta era de US$ 140 bilhões, uma das maiores do mundo. E hoje, destacou, é inferior a US$ 60 bilhões.

"Isso abre espaço para que possamos fazer maiores investimentos. Ano passado, foram US$ 8,8 bilhões. Essa potência energética é a sétima maior produtora de petróleo e que poderá chegar a posição de quinta maior produtora do mundo em 2030" ,disse ele, que agradeceu a Deus, ao presidente Jair Bolsonaro, ao ministro de Minas e energia, Bento Albuquerque, e a sua família.

Participaram da posse Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia, Rodolfo Henrique de Saboia, diretor-Geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), e Márcio Andrade Weber, o novo presidente do Conselho de Administração da Petrobras.

Weber disse para o novo presidente da Petrobras que os "desafios serão grandes e complexos". Ao listar o currículo do novo presidente da empresa, Weber desejou ainda boa sorte ao executivo.

"Hoje pela manhã o Conselho de Administração em reunião extraordinária escolheu José Mauro para servir como presidente da companhia. E já discutimos os planos e objetivos a partir de hoje. Deixamos claro que o Conselho vai apoiá-lo", disse Weber.

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