São Paulo – Uma empresa em crise é sempre um alvo mais fácil para os investidores – e é isso o que a Oi acabou se tornando para o bilionário egípcio Naguib Sawiris, desde ontem, quando a operadora entrou com pedido de recuperação judicial, com uma dívida de R$ 65,4 bilhões.
Dono de uma participação majoritária na Orascom Telecom, ele já havia mostrado interesse em comprar a companhia na semana passada. No entanto, na manhã de hoje, deu uma entrevista à Bloomberg para ratificar a intenção de compra.
Para ele, um aporte bilionário na empresa seria mais que vindo neste momento, em que a operadora tem urgência em deixar suas contas em dia.
"A Oi precisa de um acionista com uma sólida experiência em telecomunicações para resolver os seus problemas operacionais, além de suas dívidas financeiras", disse Sawiris por telefone à agência.
O segundo homem mais rico do Egito não é o único de olho na empresa de telecom mais endividada do Brasil. O investidor russo Mikhail Fridman também fez uma proposta pela companhia de US$ 4 bilhões pela Oi, com a condição de que uma fusão com a Tim acontecesse.
Em fevereiro, depois da resistência da operadora italiana ao negócio, o fundo russo desistiu do negócio.
Sawiris disse que uma fusão entre as duas faz "muito sentido", mas que antes disso a Oi teria de conseguir caminhar sozinha.
De acordo com a Bloomberg, para a compra da operadora, o bilionário egípcio pretende desenhar uma possível parceria com Fridman na investida, mas não detalhou a forma que esse tal acordo poderia tomar.
Na sua opinião, a Oi teria um grande potencial, se sua dívida, acumulada depois de anos de imbróglios societários, fosse quitada.
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1. Piores resultados
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1/21 (Adriano Machado/Bloomberg)
São Paulo - A
Eletrobras é a empresa com o maior prejuízo no primeiro trimestre do ano, com perdas de R$ 3,89 bilhões. Esse não é o único problema da companhia: ela foi retirada da Bolsa de Nova York por não entregar o balanço de 2014 a 2015. A auditoria responsável por analisar as contas resiste a liberar o documento antes da conclusão das investigações de corrupção na Operação Lava Jato. O governo também está estudando vender ativos da companhia de
energia. Já a
Petrobras é a empresa com maior queda de resultado entre 2016 e 2015, segundo levantamento da consultoria
Economática. Em 2016 a empresa apresentou um
prejuízo de R$ 1,24 bilhão, contra lucro de R$ 5,33 bilhões no mesmo período do ano passado.
Os setores de construção e energia elétrica dominam entre os maiores prejuízos do trimestre, de acordo com a consultoria. Confira nas imagens quais foram os 20 maiore prejuízos do primeiro trimestre de 2016.
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2. 1 - Eletrobras
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2/21 (Assessoria de Comunicação/Eletrobras)
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3. 2 - JBS
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3/21 (Gilberto Tadday/EXAME)
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4. 3 - OI
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4/21 (Germano Lüders / EXAME)
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5. 4 - Petrobras
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5/21 (Dado Galdieri/Bloomberg)
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6. 5 - CSN
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6/21 (Flávio Ciro/CSN)
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7. 6 - Renova
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7/21 (Marcelo Casal Jr/Agência Brasil)
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8. 7 - PDG
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8/21 (Divulgação)
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9. 8 - Rumo Logística
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9/21 (Divulgação / EXAME)
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10. 9 - Harpia Participações
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10/21 (Thinkstock/denphumi)
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11. 10 - Usiminas
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11/21 (Nelio Rodrigues/EXAME)
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12. 11 - Rossi
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12/21 (Alexandre Battibugli / EXAME)
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13. 12 - B2W Digital
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13/21 (Luis Ushirobira/EXAME.com)
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14. 13 - CPFL Energia
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14/21 (Divulgação)
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15. 14 - Marfrig
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15/21 (Paulo Whitaker/Reuters)
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16. 15 - Banco Pan
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16/21 (Divulgação)
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17. 16 - Eneva
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17/21 (Divulgação)
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18. 17 - Viver
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18/21 (Reprodução da web)
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19. 18 - BR Pharma
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19/21 (Getty Images)
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20. 19 - Mendes Jr
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20/21 (Divulgação)
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21. 20 - Telebrás
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21/21 (Luiz Aureliano/EXAME.com)