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Números da Estácio precisam provar que há vida pós-Kroton

A pergunta na cabeça dos investidores agora é se a companhia conseguirá seguir sozinha

Estácio: após fusão fracassada com a Kroton, companhia precisa divulgar bons números para animar investidores (Divulgação/Divulgação)

Estácio: após fusão fracassada com a Kroton, companhia precisa divulgar bons números para animar investidores (Divulgação/Divulgação)

EH

EXAME Hoje

Publicado em 27 de julho de 2017 às 06h12.

Última atualização em 27 de julho de 2017 às 08h30.

A Estácio, segunda maior companhia de educação do país, está pressionada a divulgar bons números nesta quinta-feira para convencer os investidores que não é um barco a deriva. Os números serão os primeiros que a empresa publica após o Conselho Administrativo de Defesa Econômica rejeitar a venda da empresa para a líder do setor, a Kroton, em um processo que se arrastou por um ano e era dado como certo. A pergunta na cabeça dos investidores agora é se a companhia conseguirá seguir sozinha.

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As expectativas para os números desta quinta-feira são boas. Analistas do banco Brasil Plural esperam um lucro de 81,8 milhões de reais, ante o prejuízo de 19,9 milhões do mesmo período de 2016. A receita deve mostrar um leve avanço de 1,4%, para 847 milhões de reais. “No primeiro trimestre, a Estácio conseguiu mostrar a execução de várias iniciativas que foram delineadas para aumentar a rentabilidade da empresa (…). Para o segundo trimestre, acreditamos que as conquistas anteriores da implementação de tais iniciativas e a manutenção de uma abordagem disciplinada dos custos devem levar a empresa a manter seu recente histórico positivo”, dizem os analistas em relatório.

Além dos resultados, o conselho de administração da Estácio se reúne nesta quinta-feira para discutir o futuro da empresa. O presidente do conselho, João Cox, afirmou em entrevista a EXAME logo após a rejeição da fusão que o plano da Estácio é comprar outras empresas em regiões onde a companhia ainda não atua de forma consistente, como em estados do Centro-Oeste, por exemplo.

A reunião desta quinta-feira deve discutir os primeiros ativos potenciais para aquisição e definir outras estratégias. Desde a decisão do Cade, no último dia 28 de junho, as ações da Estácio subiram 14%. Parte da alta foi motivada pelo plano de recompra de papéis da Estácio de até 5%, uma estratégia formulada para evitar uma queda brusca nas ações. No acumulado dos últimos 12 meses, porém, os papéis da empresa têm queda de quase 11%. Nesta quinta-feira, é dia de provar que a companhia fez a lição de casa.

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