Negócios

De ex-Nubank e ex-Blackstone, Lastro quer mudar aluguel no Brasil — e para isso captou US$ 4 milhões

Startup concluiu rodada seed para acelerar crescimento e trazer melhorias à tecnologia proprietária para automatização de gestão de aluguéis

Allan Paladino, José Thomaz Pereira e Pedro Milanez, fundadores da Lastro (Lastro/Divulgação)

Allan Paladino, José Thomaz Pereira e Pedro Milanez, fundadores da Lastro (Lastro/Divulgação)

A Lastro, startup que automatiza a gestão de portfólios imobiliários, acaba de receber um aporte de US$ 4 milhões — aproximadamente R$ 20 milhões — em rodada seed que vem para dar tração à tecnologia proprietária lançada pela empresa para ajudar a digitalizar o controle de aluguéis do país.

O aporte foi liderado pelo fundo Canary e também contou com a participação do 1Sharpe Ventures — de investimento em empresas do ramo imobiliário — em seu primeiro cheque destinado à América Latina e do QED Investors, especializado em tecnologias financeiras que já investiu em brasileiras como Nubank, Creditas, Loft e QuintoAndar.

Assine a EMPREENDA e receba, gratuitamente, uma série de conteúdos que vão te ajudar a impulsionar o seu negócio.

O que faz a Lastro

A empresa desenvolveu uma plataforma que pretende facilitar a rotina de gestores imobiliários com uma quantidade considerável de imóveis para cuidar. Na prática, a proposta é reunir ferramentas de gestão de locações, incluindo controle de contratos e informações sobre os imóveis, em um único lugar.

Fundada por executivos de batuta no mercado de private equity, investimentos imobiliários e também em empresas financeiras emergentes, a Lastro segue em ritmo acelerado de crescimento desde a última captação de US$ 1,3 milhões, em 2021.

Entre os sócios estão Allan Paladino, ex-Credit Suisse e Gowork; José Thomaz Pereira, que por cinco anos atuou na divisão de investimentos imobiliários da Blackstone, Pedro Milanez, ex-Nubank, e Alain Michel, fundador da rede varejo Mundo Pet.

Essa não é, contudo, a primeira captação da empresa. Mesmo novata, a Lastro já levantou outros US$ 1,3 milhão em rodada pre-seed em 2021, na qual participaram diversos investidores individuais com background nos mercados financeiro, imobiliário e de tecnologia.

Como funciona a tecnologia

A plataforma da Lastro reúne as informações técnicas dos imóveis e dos contratos imobiliários, com a intenção de gerar uma base de dados capaz de auxiliar gestores a executar tarefas mais operacionais e que podem facilmente ser agilizadas com a ajuda de tecnologia e automatização, como:

Com base nesses dados, e através de tecnologia e integração com parceiros financeiros,

  • Cobranças;
  • Repasses e conciliação bancária de aluguéis;
  • Aplicação de reajustes de inflação;
  • Controle de prazos e obrigações contratuais, como renovação do seguro patrimonial ou revisão de aluguel.

Para acompanhar tudo isso, a Lastro também se encarrega de enviar, mensalmente, relatórios gerenciais para os clientes.

“Nossa ideia é usar tecnologia para automatizar tudo que um gestor de imóveis precisa fazer de forma recorrente. Com isso, reduzimos custos e o gestor pode usar seu tempo em tarefas mais importantes, como trabalhar para otimizar a rentabilidade de seu patrimônio”, diz Allan Paladino, cofundador da Lastro.

Do lado financeiro, a plataforma da Lastro também oferece diferentes meios de pagamento, como boletos, Pix e TED para repasse automa´tico do valor dos aluguéis aos proprietários graças à conexão com parceiros financeiros integrados à plataforma.

Com um mercado endereçável de R$ 340 bilhões em aluguéis pagos anualmente, a expectativa da Lastro é chegar a R$ 1 bilhão de Volume Total de Pagamentos (TPV) em 2023, atingindo um público tão misto quanto seu próprio modelo de negócio — focado em aluguéis residenciais e também comerciais. Na mira estão de gestores de fundos imobiliários e proprietários individuais a imobiliárias e empresas especializadas em investimento no setor.

“Nosso objetivo na Lastro é criar o ‘sistema operacional’ do mercado imobiliário”, diz Paladino.

LEIA TAMBÉM

Startup Seedz, o clube de recompensas do agro, capta US$ 16,5 milhões

Latitud: proptechs perderam valor em 2022, mas devem crescer com digitalização do mercado de imóveis

Corretora de saúde para PMEs, Piwi capta R$ 20 milhões e quer crescer 10 vezes em três anos

Acompanhe tudo sobre:StartupsVenture capital

Mais de Negócios

Jumbo Eletro: o que aconteceu com o primeiro hipermercado do Brasil

Esta empresa fatura R$ 150 milhões combatendo a inflação médica no Brasil

Equity: a moeda da Nova Economia e o segredo do sucesso empresarial

A 'pandemia' de ansiedade movimenta este negócio milionário de chás e rituais para relaxar