Embraer divulga resultados em meio ao nevoeiro da fusão
O que era para ser motivo de estabilidade no longo prazo, a fusão com a americana Boeing, virou um foco de incertezas
EXAME Hoje
Publicado em 31 de julho de 2018 às 07h07.
Última atualização em 31 de julho de 2018 às 09h20.
A fabricante de aviões Embraer divulga resultados trimestrais nesta terça-feira envolta em dúvidas. O que era para ser motivo de estabilidade no longo prazo, a fusão com a americana Boeing, virou um foco de incertezas. Ontem, a companhia informou que foi intimada a se manifestar por escrito em ação judicial que pede liminarmente a suspensão das negociações com a companhia americana.
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A ação, movida por um grupo de deputados do PT, é mais um entrave à negociação. Sindicalistas também buscam maiores explicações da companhia sobre a garantia de empregos após a fusão, e investidores tentam barrar o negócio alegando que o preço a ser pago pelos americanos, cerca de 4,7 bilhões de dólares, não levou em conta um prêmio de controle que deveria ter entrado na negociação.
A Embraer e a Boeing anunciaram um joint venture no dia 5 de julho para a aviação comercial, em que a empresa americana terá 80% do negócio. A conclusão depende do aval dos acionistas e dos órgãos reguladores dos dois países e deve ser selada apenas em 2019. Até lá, o negócio deve ser o grande tema das divulgações trimestrais da companhia brasileira.
Segundo relatório do banco Credit Suisse, o negócio tem uma série de questões não respondidas, como o débito a ser assumido pela nova companhia, e a necessidade de capital requerida pelo novo negócio. São dúvidas que fizeram com que a ação da companhia brasileira caísse 29% desde o anúncio do negócio mais importante de sua história, no dia 5 de julho. Nesta terça-feira, analistas buscarão respostas em meio ao nevoeiro.