Medicamentos do laboratório podem beneficiar também aqueles com diabetes e demência vascular (Wikicommons)
Repórter colaborador
Publicado em 2 de outubro de 2024 às 13h11.
A Eli Lilly está estudando explorar aplicações mais amplas para seus populares medicamentos para perda de peso Mounjaro e Zepbound.
Segundo reportagem do Financial Times, a empresa farmacêutica está considerando ensaios clínicos direcionados a indivíduos com menor índice de massa corporal (IMC), expandindo além da população de pacientes obesos para incluir aqueles não classificados como acima do peso, mas em risco de ganhar quilos que podem se tornar perigosos.
Ao jornal, o CEO Dave Ricks destacou os planos da empresa de estudar os efeitos desses medicamentos em pessoas com IMC de 25, em comparação com o limite padrão de IMC de 27 na Europa e nos EUA para ensaios clínicos.
Ricks deu a entender que a meta de longo prazo da empresa pode envolver o uso de medicamentos da classe GLP-1 para manutenção geral da saúde.
Ele disse ao FT que esses medicamentos podem beneficiar pessoas que ainda não estão acima do peso, mas estão buscando prevenir condições como diabetes, demência ou AVCs.
A Eli Lilly já vem estudando o Zepbound em pacientes com IMC de 27 ou mais, especialmente aqueles que enfrentam problemas de saúde relacionados ao peso, mas agora está considerando reduzir esse limite para incluir mais indivíduos, particularmente para sua pílula experimental para perda de peso, orglipron.
A Eli Lilly também tem sido firme em desencorajar o uso do Zepbound para fins cosméticos, particularmente entre indivíduos ricos e celebridades. A empresa argumentou que o suprimento limitado desses medicamentos deve ser reservado para pacientes diabéticos e obesos que mais precisam deles.
A questão está sendo tão seriamente pelo laboratório que a Eli Lilly exibiu um comercial durante o Oscar para enfatizar que o Zepbound não deve ser usado simplesmente para "caber em um vestido menor ou smoking para um evento especial".