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Dunkin’Donuts e Starbucks caçam dinheiro do almoço

A Dunkin’ Donuts lançou um sanduíche nos EUA após a decisão da Starbucks de testar novos lanches para almoço em algumas cafeterias


	Donuts: o almoço e o lanche da tarde respondem por apenas 1/3 dos clientes
 (Getty Images)

Donuts: o almoço e o lanche da tarde respondem por apenas 1/3 dos clientes (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2014 às 23h40.

Chicago - A Dunkin’ Brands Group Inc. e a Starbucks Corp. querem uma fatia maior do dinheiro do seu almoço.

A Dunkin’ Donuts está lançando um novo frango grelhado crocante de US$ 3,99 hoje, logo depois da decisão da Starbucks, no mês passado, de testar sete novos sanduíches quentes para o almoço em algumas cafeterias.

As medidas são parte de um esforço para impulsionar as vendas no período da tarde e seduzir uma multidão que almoça fora de casa depois de uma queda no negócio do café expresso matinal.

“O maior desafio é gerar atenção”, disse John Costello, presidente global de marketing e inovação da Dunkin’ Brands, em entrevista. Há demanda de clientes por mais alimentos após o meio-dia, disse ele, mas a Dunkin’ é mais famosa pelo café e pelas rosquinhas.

O almoço é o mais recente campo de batalha em uma indústria cada vez mais competitiva. Redes como a McDonald’s Corp. atacaram o negócio de café, aumentando a pressão por um contra-ataque nos tradicionais redutos do fast-food.

Ao mesmo tempo, as redes de cafeterias estão desafiando os restaurantes tradicionais ao reformular sua decoração e -- no caso da Starbucks’ -- oferecendo álcool e “tapas”.

Em estabelecimentos que servem café e rosquinhas, cerca de 65 por cento do movimento de clientes acontece de manhã, segundo a NPD Group Inc. O almoço e o lanche da tarde respondem por um terço dos clientes, enquanto o jantar representa apenas 2 por cento, mostram os dados da NPD.

A Dunkin’ Donuts embarcou em uma reformulação das lojas mais ao estilo cafeteria no ano passado, completada por paredes cor de terra, com jazz como música ambiente e bancos confortáveis, para incentivar os clientes a irem ao estabelecimento à tarde.

Nos últimos 12 meses a empresa também adicionou itens alimentícios que não eram para o café da manhã, como um sanduíche de frango à milanesa e bacon, e lançou um programa de fidelidade nos EUA.

Teste do sanduíche

A Starbucks também está mirando clientes para o almoço. A empresa começou a oferecer novos sanduíches em 178 cafeterias de Phoenix e Richmond, Virgínia, em 6 de maio.

O teste inclui um sanduíche de frango grelhado com bacon e queijo suíço por US$ 5,95, um queijo quente por US$ 5,25 e uma baguete de peito bovino e cheddar por US$ 6,95.

Os sanduíches são pré-embalados e aquecidos nas lojas, de forma similar à linha de montagem dos panini da rede com sede em Seattle. A Starbucks planeja lançar novos sanduíches para almoço nacionalmente nos EUA no ano-fiscal de 2015, que começa perto do fim de setembro.

“As lojas Starbucks espalhadas pelos EUA serão vistas cada vez mais como destino para um almoço rápido, gostoso e de alta qualidade”, disse o diretor de operações da rede, Troy Alstead, durante uma teleconferência, em abril.

A Starbucks teve dificuldades para chegar ao alimento certo ao longo dos anos. O CEO Howard Schultz trocou os sanduíches do café da manhã da rede em 2008, pois o aroma deles dominava o cheiro do café.

Enquanto isso a Dunkin’ procura impressionar os clientes com a marinada em seu novo sanduíche de frango, disse Jeff Miller, chef responsável da companhia com sede em Canton, Massachusetts.

Ele não quis revelar os ingredientes da marinada, dizendo apenas que tem os sabores grelhado e no espeto. O sanduíche de 360 calorias é coberto com queijo cheddar e molho chipotle. A Dunkin’ também testou o molho ranch e a mostarda de mel.

A Starbucks está dando um passo a mais com seus alimentos. A maior operadora de cafeterias do mundo estreará um novo restaurante neste mês em Los Angeles que servirá itens para o jantar como hambúrgueres e coquetéis.

Não espere o mesmo na Dunkin’, disse Costello. Embora a rede esteja fazendo experiências com proteínas “não acredito que você veja hambúrgueres no cardápio”, disse ele.

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