DIDI CHUXING: Apple investe em empresa chinesa concorrente da Uber / Jason Lee/ Reuters (Jason Lee/Reuters)
Gabriel Aguiar
Publicado em 15 de abril de 2021 às 17h58.
Última atualização em 15 de abril de 2021 às 17h59.
Talvez a chinesa Didi Chuxing seja mais conhecida pelos brasileiros como dona da 99 – e por investir em outras empresas de transporte no mundo, inclusive a norte-americana Lyft. Eis que, três anos depois de fechar negócio por aqui, a companhia se prepara para abrir o capital na bolsa de Nova York em julho, já com expectativa de se tornar a maior oferta pública inicial de ações (IPO) da história.
Fundada em 2012, a gigante asiática fundiu com a concorrente Kuaidi Dache (que tinha como principal investidor o site de buscas Baidu) apenas dois anos depois e se tornou a maior empresa de transporte por aplicativo do mundo. Desde então, comprou a filial chinesa da Uber, em 2016, e recebeu aporte do Alibaba. E assim se tornou a segunda maior startup da China e da Ásia, atrás da Xiaomi.
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De acordo com apuração da Reuters, o valor de mercado da Didi Chuxing pode chegar a 100 bilhões de dólares. Para efeito de comparação, quando estreou em Wall Street, há dois anos, a Uber teve valor de mercado estimado em 82,4 bilhões de dólares. Para a rodada de investimento em Nova York, a chinesa escolheu a assessoria dos bancos Goldman Sachs e Morgan Stanley, assim como a rival.
Mesmo com a tensão entre EUA e China, a companhia declinou da possibilidade de ofertar as ações na bolsa de Hong Kong, como estava previsto ano passado. Essa decisão foi tomada para reduzir os riscos de medidas regulatórias em relação a veículos sem licença para transporte de passageiros e motoristas com jornadas de meio período, mas também pela presença de pares como Uber e Lyft.
Com apoio de grandes investidores asiáticos, como SoftBank, Alibaba e Tencent, a Didi Chuxing prepara a entrada no mercado europeu como parte dos planos de expansão – no país de origem, já tem quase o monopólio do setor de transporte e inclui até opção de ônibus em algumas cidades. Por sua vez, deverá investir em mobilidade com veículos autônomos e elétricos na Ásia nos próximos anos.