(Tony Gentile/Reuters)
Da Redação
Publicado em 4 de junho de 2018 às 05h55.
Última atualização em 4 de junho de 2018 às 06h41.
Após uma guerra de lances que se arrasta por mais de dois meses, a segunda-feira deve ter uma definição sobre os novos acionistas da distribuidora de energia Eletropaulo, que atende a região metropolitana da capital paulista. É hoje o dia do leilão para definir o futuro da distribuidora, segundo cronograma definido pela Comissão de Valores Mobiliários.
Na sexta-feira a notícia de que a geradora e distribuidora de energia italiana Enel havia oferecido 45,22 reais por ação para comprar a Eletropaulo fez os papéis da companhia dispararem 27%, fechando o dia em 44,45 reais. A oferta avalia a empresa em 7 bilhões de reais, quase 15% a mais que a oferta da outra concorrente do certame, a Neoenergia, de 39,53 reais por ação.
Mas há um porém: o lance agressivo da Enel está condicionado à aquisição do controle da Eletropaulo. A compra das participações da AES Corporation e do BNDES já está garantida, o que deve assegurar uma fatia de 36% na distribuidora. Falta chegar a 50% mais uma ação. Mas analistas afirmam que não deve ser difícil para a Enel adquirir as ações restantes para completar a participação majoritária, já que, segundo EXAME apurou, três fundos de investimento com posições relevantes na distribuidora devem aderir.
Segundo Pablo Spyer, diretor operacional da corretora Mirae, a oferta é excelente para os atuais acionistas porque, além do valor a ser pago por ação, prevê um grande investimento por parte da Enel na Eletropaulo. “O aporte ajudará a maximizar o potencial da distribuidora”, afirma Spyer.
Desde que a disputa pela Eletropaulo começou, a ação da companhia passou de 21,90 reais para 44,45 reais, fazendo seu valor de mercado mais que dobrar.