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Crocodilos que comem milho rendem bolsas de luxo melhores

Maior fornecedora mundial de couro de crocodilo para bolsas e sapatos de luxo está mudando a dieta dos répteis e lhes dando mais espaço para crescer.

Crocodilo-do-Nilo: maior fornecedora mundial de couro para bolsas e sapatos de luxo abateu 46 mil corocodilos no ano passado. (Arturo de Frias Marques/Wikimedia Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de abril de 2016 às 14h52.

A Padenga Holdings, maior fornecedora mundial de couro de crocodilo do Nilo para bolsas e sapatos de luxo , está tentando aumentar sua lucratividade alimentando os répteis aquáticos com uma dieta rica em milho e permitindo que tenham mais espaço para crescer.

A dieta e os cercados maiores ajudarão os crocodilos a crescerem mais rapidamente e a melhorar a qualidade de seu couro, disse Oliver Kamundimu, diretor financeiro da Padenga, em entrevista na semana passada na cidade lacustre de Kariba, no Zimbábue, sede da empresa, perto de suas fazendas.

O lado negativo para os crocodilos é que eles serão abatidos a cada dois anos e meio, e não a cada três, disse ele.

“Nos próximos 12 a 18 meses nosso foco será aumentar a instalação sem expandir drasticamente os volumes”, disse Kamundimu. Os crocodilos “são alimentados com pellets de farinha de peixe, vitaminas, minerais e milho.

Tem funcionado bem para nós: as taxas de crescimento melhoraram e os crocodilos estão mais felizes”.

Bolsas da Prada

A Padenga abateu mais de 46.000 crocodilos de suas criações no norte do Zimbábue no ano passado para atender a demanda mundial por couro.

O maior mercado para o couro da empresa é a Itália, sede de fábricas de produtos de luxo como a Prada, que vende uma bolsa de couro de crocodilo e píton por 2.900 libras (US$ 4.098).

As vendas de carne de crocodilo da Padenga na Europa aumentaram 25 por cento em 2015, ajudando a empresa a impulsionar os lucros.

A Padenga compete com criações de crocodilo da Zâmbia e da África do Sul, onde os animais de cativeiro muitas vezes são alimentados com frango.

A Padenga também possui uma fazenda de criação de jacarés no Texas, EUA, onde a produção caiu pela metade no ano passado porque a empresa adiou o abate para melhorar a qualidade do couro.

“A operação americana está em uma curva de aprendizado e tanto o volume quanto o faturamento caíram drasticamente no ano passado”, disse Kamundimu. “Neste ano começaremos a reconstruir o negócio após promover mudanças na direção”.

A Padenga responde por 85 por cento do fornecimento mundial de couro de crocodilo do Nilo para marcas de luxo, segundo seu site. Os crocodilos do Nilo, nativos da África, podem chegar a ter 6 metros de comprimento e pesar até 900 quilos.

O lucro líquido da empresa em 2015 subiu para US$ 7 milhões, contra US$ 6,4 milhões no ano anterior. O preço de suas ações na Bolsa de Valores do Zimbábue caiu 19 por cento neste ano, para 7 centavos, dando à empresa um valor de mercado de US$ 38 milhões.

A empresa poderá se expandir para a Zâmbia, disse Kamundimu.

“Temos uma certa sorte pelo fato de o nosso negócio ser quase 100 por cento exportação ao exterior, por isso não somos afetados pelas fragilidades do Zimbábue”, disse Kamundimu em referência à crise econômica que fez a economia do país encolher pela metade desde 2000.

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A dieta e os cercados maiores ajudarão os crocodilos a crescerem mais rapidamente e a melhorar a qualidade de seu couro, disse Oliver Kamundimu, diretor financeiro da Padenga, em entrevista na semana passada na cidade lacustre de Kariba, no Zimbábue, sede da empresa, perto de suas fazendas.

O lado negativo para os crocodilos é que eles serão abatidos a cada dois anos e meio, e não a cada três, disse ele.

“Nos próximos 12 a 18 meses nosso foco será aumentar a instalação sem expandir drasticamente os volumes”, disse Kamundimu. Os crocodilos “são alimentados com pellets de farinha de peixe, vitaminas, minerais e milho.

Tem funcionado bem para nós: as taxas de crescimento melhoraram e os crocodilos estão mais felizes”.

Bolsas da Prada

A Padenga abateu mais de 46.000 crocodilos de suas criações no norte do Zimbábue no ano passado para atender a demanda mundial por couro.

O maior mercado para o couro da empresa é a Itália, sede de fábricas de produtos de luxo como a Prada, que vende uma bolsa de couro de crocodilo e píton por 2.900 libras (US$ 4.098).

As vendas de carne de crocodilo da Padenga na Europa aumentaram 25 por cento em 2015, ajudando a empresa a impulsionar os lucros.

A Padenga compete com criações de crocodilo da Zâmbia e da África do Sul, onde os animais de cativeiro muitas vezes são alimentados com frango.

A Padenga também possui uma fazenda de criação de jacarés no Texas, EUA, onde a produção caiu pela metade no ano passado porque a empresa adiou o abate para melhorar a qualidade do couro.

“A operação americana está em uma curva de aprendizado e tanto o volume quanto o faturamento caíram drasticamente no ano passado”, disse Kamundimu. “Neste ano começaremos a reconstruir o negócio após promover mudanças na direção”.

A Padenga responde por 85 por cento do fornecimento mundial de couro de crocodilo do Nilo para marcas de luxo, segundo seu site. Os crocodilos do Nilo, nativos da África, podem chegar a ter 6 metros de comprimento e pesar até 900 quilos.

O lucro líquido da empresa em 2015 subiu para US$ 7 milhões, contra US$ 6,4 milhões no ano anterior. O preço de suas ações na Bolsa de Valores do Zimbábue caiu 19 por cento neste ano, para 7 centavos, dando à empresa um valor de mercado de US$ 38 milhões.

A empresa poderá se expandir para a Zâmbia, disse Kamundimu.

“Temos uma certa sorte pelo fato de o nosso negócio ser quase 100 por cento exportação ao exterior, por isso não somos afetados pelas fragilidades do Zimbábue”, disse Kamundimu em referência à crise econômica que fez a economia do país encolher pela metade desde 2000.

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