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Doações milionárias e ESG: como esta franquia atraiu geração Z e chegou a receita de R$ 70 milhões

A Megamatte, rede de bebidas e comidas saudáveis, prioriza práticas sociais e itens orgânicos na produção; foco são jovens atentos à saúde e impacto social

Julio Monteiro, CEO da Megamatte: ESG e doações para atrair geração Z. (Megamatte/Divulgação)

Julio Monteiro, CEO da Megamatte: ESG e doações para atrair geração Z. (Megamatte/Divulgação)

Uma das primeiras redes de franquias do Brasil a se tornar signatária do Pacto Global da ONU, uma iniciativa que reúne companhias dispostas a adotarem melhores práticas socioambientais, a Megamatte já segue a toada da responsabilidade social há pelo menos seis anos.

Mas foi em 2018 que a rede de comidas de bebidas saudáveis percebeu que o caminho para alcançar novos públicos seria por meio de uma redefinição cultural da porta para dentro.

Desde então, todos os funcionários passaram a ser informados, desde o onboarding, sobre a missão central da empresa: geração de rentabilidade a partir da valorização da agricultura familiar e do meio ambiente.

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Por que ser ESG?

O intuito da rede, no final das contas, era alinhar expectativas e encontrar apenas os funcionários com maior afinidade com a razão de ser da empresa. “Ter um time alinhado ao que pregamos na teoria é o que, na ponta, permite adaptações nos processos operacionais em si”, diz Julio Monteiro, CEO da Megamatte.

Como exemplo estão treinamentos recorrentes de funcionários e franqueados, com destaque para encontros educativos durante a pandemia que tiveram a finalidade de comunicar as intenções da empresa de priorizar o equilíbrio, seja na relação dos franqueados com seus clientes, seja pela atenção primária à saúde mental dos funcionários — nos anos mais agravantes da pandemia, a Megamatte não demitiu ninguém, por exemplo.

Essa é uma conduta que, ao que tudo indica, tem um valor especial às gerações mais jovens, atentas ao posicionamento de empresas e marcas a temas sensíveis como a relação com empregados — no Brasil, 61% deles consideram o tema como indispensável no dia a dia de empresas, segundo estudo da agência Edelman com mais de 13.700 respondentes.

LEIA TAMBÉM: Na era da influência, geração Z é foco de marcas e posicionamentos são obrigatórios, mostra pesquisa

De olho nos mais jovens

De outro lado, a Megamatte também aposta na saudabilidade do cardápio como forma de atender aos mais jovens com interesse crescente pela transparência nos rótulos e impacto social por trás dos produtos. Uma das maneiras para isso é, por exemplo, a priorização de itens que vêm da agricultura familiar. “Hoje, só vendemos produtos livres de agrotóxicos e com certificações que comprovam as boas condutas”, diz Monteiro.

O compromisso com a geração de impacto também se traduz em números: desde 2015, a Megamatte já investiu mais de 3,2 milhões de reais em projetos sociais. “O mais importante para essa geração e para o mercado é não ser uma empresa greenwashing. É isso que priorizamos”, diz.

As ações também se refletiram nas contas da empresa. Em 2021, a rede faturou R$ 70 milhões e em 2022, as receitas devem chegar a R$ 96 milhões. O crescimento contínuo nos últimos anos fez da rede uma das selecionadas no Ranking EXAME Negócios em Expansão.

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