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Como a Nasa quer transformar poeira lunar em vidro para construir moradias

Iniciativa desenvolvida com a Skyeports busca transformar regolito lunar em habitats transparentes para astronautas

 (DrPixel/Getty Images)

(DrPixel/Getty Images)

Publicado em 21 de novembro de 2025 às 19h24.

A Nasa financia um projeto que pretende transformar a poeira lunar em estruturas de vidro capazes de servir como moradia para astronautas. A iniciativa, desenvolvida em parceria com a empresa californiana Skyeports, busca criar habitats pressurizados e transparentes na superfície da Lua, abrindo caminho para estadias longas e operações contínuas no satélite natural.

O conceito utiliza o regolito lunar — o pó que recobre a Lua — como matéria-prima para construir ambientes onde tripulantes possam viver, cultivar alimentos, trabalhar e obter água. Os protótipos atuais são esferas de poucos centímetros de diâmetro, mas a expectativa é alcançar estruturas com vários metros no futuro.

Poeira lunar derretida dará origem ao vidro das estruturas

O projeto prevê o aquecimento do regolito em temperaturas elevadas até que ele se transforme em vidro líquido. Esse material poderá ser moldado em grandes bolhas resistentes, formando módulos habitáveis. Segundo a Nasa, os habitats serão produzidos quase inteiramente com recursos locais, reduzindo custos e facilitando a instalação de bases permanentes.

Martin Bermudez, CEO da Skyeports e criador do conceito, afirmou à Fox News que as futuras esferas podem atingir até 500 metros de comprimento. A visão de longo prazo inclui uma rede de cidades de vidro interligadas por passagens transparentes na paisagem lunar, formando ambientes protegidos da radiação e das condições extremas da superfície.

A proposta integra o programa NIAC (Conceitos Inovadores Avançados da Nasa) de 2025, que apoia ideias com potencial para transformar missões espaciais. Ao todo, 15 projetos foram selecionados. Cada um pode receber até US$ 2,625 milhões — cerca de R$ 14 milhões — para avançar no desenvolvimento.

Se o método se mostrar viável, as estruturas produzidas diretamente no solo lunar podem reduzir custos de transporte, ampliar a autonomia das missões e abrir caminho para estadias prolongadas na Lua.

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